Meu melhor amigo imaginario

16_Cabana..

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"E se você ser o dinheiro,
Eu serei o elástico.
Se você for o fósforo,
Eu serei o detonador.
(Boom!)
Eu sou o pintor,
Baby,
Você poderia ser a musa.
Se eu for o repórter,
Baby,
Você seria as notícias.
Porque você é o cigarro
E eu
Sou a fumante.
Nós aumentaremos a aposta,
Porque você é o coringa.
Realmente..
Você é o giz,
E eu,
Poderia ser o quadro negro.
Você poderia ser a conversa,
E eu a caminhada.
Porque mesmo quando o céu estiver caindo,
Mesmo quando o sol não brilhar mais,
Eu tenho fé
Em você e eu..
Então, coloque sua linda
Mãozinha
Sobre a minha."

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Uma música tocava no som do carro, a janela estava aberta, permitindo que uma leve brisa gelada levasse meus cabelos para fora da mesma.
Havia uma paisagem, com árvores que lembravam o outono, mesmo estando no meio do inverno.
Nós estávamos em alta velocidade, e vez ou outra eu olhava pro meu motorista particular de relance.

Jhonatan- não sei exatamente oque rolou, mas sei algo que possa te ajudar.

Faço contato visual com ele.

Você nem imagina o quanto está ajudando agora.

-e oque seria?- pergunto.

Jhonatan- você vai ter duas alternativas, que serão escolhidas no sigilo, pra ficar mais emocionante.

Assenti com a cabeça.

Jhonatan- um ou dois?

Nay- um.- não penso muito, de qualquer forma, eu não saberia oque é.

Jhonatan- boa escolha.- ele resmunga em concordância.

Encaro ele curiosa. Jhonatan aumenta o som do carro no último. O som estourado atingia meus ouvidos acordando a minha alma.
Após alguns segundos, me acostumo com o volume.

Jhonatan- agora, coloque a sua cabeça para fora da janela e grite o mais alto que você puder, descarregue tudo que tá na sua alma!

Ele eleva o seu tom para que eu possa escutar, mesmo com a música alta.

Coloco minha cabeça pra fora da janela, um dos braços para fora e grito o mais alto possível: "Hollyday". Continuo gritando, os pedaços do sonho vão se desfazendo na minha cabeça enquanto minha garganta arde.
Ao ficar sem voz, apenas parei de gritar e continuei com a cabeça no vento.
Jhonatan certamente estava com um sorriso orgulhoso no rosto agora.

Volto para dentro do carro e começo a rir.
Estar ao lado dele faz a gente perder a linha de raciocínio.

Porque eu gritei essa palavra?

(..)

Nós ficamos o caminho tagarelando. Já faziam mais de 20 minutos, então de certo modo o lugar era mesmo afastado, pela velocidade que Jhonatan tocava o carro.

Meus olhos se desviam da paisagem e eu olho o carro a minha volta. Seu banco era incrivelmente confortável e o cheiro de carro limpo era agradável.
Meus olhos correm pela extensão dele.

Jhonatan- procurando alguma coisa?- pergunta e me encara, tirando os olhos da estrada.

Nay- nada em específico..- respondo.

Abro o porta-luvas. Lá dentro haviam maços de cigarros, canivetes e esqueiros. Mexo um pouco mais a fundo e sinto um metal.
O seguro e puxo para as minhas mãos.
Era uma bela G18 brilhante.
Jhonatan gruda o olhar nas minhas minhas mãos e arregala os olhos.