Depois de alguns minutos, sai do quarto e fui preparar comida.
Quando voltei, Lucas estava na mesma posição de antes, em um sono profundo.
Me sentei na cadeira e começo a comer.
Só terminar, me levanto e vou arrumar o quarto. Tudo estava jogado pelos cantos, inclusive a blusa de Lucas. Coloco tudo em seu devidos lugares.
Ao escutar barulhos na porta, sabia que minha mãe tinha chegado, desço as escadas e dou de cara com ela.
Nas suas mãos haviam um ursinho de pelúcia que segurava um coração.Nay- ui, quem te deu isso?– pergunto caminhando até ela.
Mãe- boa noite. Um amigo do trabalho.
Nay- entendi.– respiro fundo e paro na frente dela, cruzando os braços. –vou precisar do número de telefone, endereço e nome completo.
Mãe- pra que isso tudo? São só flores e um urso. Olha como ele é bonitinho..
Ela coloca a mochila no chão e aponta o ursinho pra mim.
Nay- tem flores?! Como esse mauricinho aparece do nada e tenta invadir a família com apenas flores e um ridículo ursinho?
Minha mãe revira os olhos e vai até a cozinha. A sigo com o olhar.
Mãe- ele não pretende invadir a família, Nay.
Nay- devemos estar preparadas para tudo.– falo com um sorriso no rosto.
Caminho até o balcão e seguro uma tesoura pontuda que havia lá.
Nay- entendeu?– solto uma piscadela para ela.
Mãe- entendi, mas não precisaremos desses métodos.– ela tira a tesoura de sua filha doente mental e sorri de lado.
Nay- mas, caso precise.....
Mãe- não vamos precisar.– sou interrompida por uma voz tranquila.
Nay- se você diz.– dou de ombros e me sento na cadeira do balcão..
Ela me olha e sorri, com aquele sorriso que eu adoro ver em seu rosto.
Ela me perguntou como foi o meu dia, e nós conversamos baseadas nisso.
Perguntei pra ela se ela acredita que duas pessoas possam nascer conectadas, e ela teve uma breve resposta: "não. Elas criam a conexão, mas não nascem assim."Após uma hora de conversa, decido subir para o quarto e deixá-la descansar do dia corrido dela no trabalho.
Lucas havia mudado de posição, mas ainda dormia.
Apago as luzes e me deito ao seu lado, logo sentindo seus braços me rodearem em um abraço apertado.(....)
Era sábado de manhã. Lucas estava dormindo enquanto me abraçava, tento levantar e sair de seus braços, mas sou puxada para mais perto com cads vez mais força.
Nay- ei...!
Lucas- só mais alguns minutos..–sua voz era rouca e sonolenta, oque me fez arrepiar. –sentiu frio aí?
Que idiotice. Eu sabia o motivo da pergunta então não respondi.
Nay- Lucas, me solta.. você vai me sufocar!– reclamo.
Lucas- nesse caso, vou ser obrigado a fazer algo que eu não queria...
Reviro os olhos e me debato enquanto reclamo chamando o seu nome várias vezes.
Ele fica por cima e prende meus braços que antes o batiam, por cima da minha cabeça.
Tento chuta-lo, mas suas pernas se prendem nas minhas.
Bufo e fecho os olhos com receio.Recebo um beijo molhado na testa.
Lucas- deixa de ser chata..– abro os olhos e encaro seus olhos claros com aquele sorriso perdidamente encantado em seu rosto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu melhor amigo imaginario
Fantasy"As pessoas são passageiras, e passam por nossas vidas. Ciclos se encerram, e isso dói. Mas é o certo a ser feito." É isso que as pessoas normalmente dizem por aí. São palavras que aguçam a minha curiosidade. Pois, eu nunca senti essa dor da perda...