15_Dividindo dores..

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Lucas evaporou do meu lado depois daquilo.
E minha mente automaticamente já começou a processar oque havia acontecido.
Antes de ir, havia um sorriso tristonho no seu rosto, como aquele do sonho..

Jhonatan bate na porta.

Jhonatan- terminou aí?

Nay- sim.– quase não havia prestado atenção no que o Jhonatan havia perguntado.

E, ele abre a porta e adentra o quarto.
Estava de roupas íntimas, virada de costas para ele com um espelho na minha frente.
Arregalo os olhos e grito alto.
Ele sai e fecha a porta.

Jhonatan- porque você disse que tinha terminado?!

Nay- eu não sabia que você ia entrar! "Espere aqui" foi oque eu disse!

Jhonatan- você estava demorando uma eternidade!

Nay- fica quieto!

Bufo e visto o primeiro par de roupas que vi em minha frente. Abro a porta e vejo Jhonatan, ignoro ele e começo a descer as escadas.
Escuto o barulho da minha cama de afundando e dou meia volta. Jhonatan estava sentado na mesma.

Jhonatan- vem aqui.– encaro ele receosa, mas me sendo só seu lado.

Minha mente pensava tanto naquela droga de sonho —que meus pensamentos reproduziram mil vezes piores— que parecia que eu ia explodir.
Encostei a cabeça no ombro de Jhonatan, sua mãos acariciam meu cabelo com calma.

Jhonatan- se hoje não estiver bom pra você, podemos sair outra hora.

Lá é um bom lugar para esfriar a cabeça...

Nay- não existe momento melhor que esse. Vamos?

O olhar dele era sincero e por alguns segundos a ideia ele estar se importando comigo realmente passou pela minha cabeça.

Jhonatan- se você diz. Vem.– seguro sua mão estendida e descemos as escadas.

Destranco a casa e saímos. Minha mãe havia saído mais cedo, nem me disse pra onde ia, só foi.

Das duas uma, ou ela saiu com aquele mauricinho, ou é trabalho.

Penso sobre a hipótese dela namorar e quase vômito. Minha mãe é minha.

Havia um carrão na frente da minha casa. Uma BMW branca brilhante, com seus pneus limpos, seus vidros que refletiam a luz solar.
Tinha me esquecido que Jhonatan é podre de rico.
Ele abre a porta para mim e entra no carro.
Não falamos nada no momento, apenas encosto a cabeça na janela e suspiro. Jhonatan começa a andar, mas dessa vez, não arranca o carro. Ele saiu andando, como alguém normal.

Passamos pelo bairro e eu observava as ruas.
Aonde ele se meteu?
Ao chegar na avenida, ele estaciona o carro e me olha. Uma expressão preocupada não saia do meu rosto.

Jhonatan- não sei oque aconteceu, mas..

Nay- eu só penso de mais, as vezes.– falo baixinho. –isso é tãooo chato.

Ele sorri baixo.

Jhonatan- imagino que seja.– ele pega seu celular no bolso e coloca uma música calma nos fones. Me entrega um deles e coloca o outro em sua orelha.

A melodia era simples e tranquila. E Jhonatan estava com os olhos fechados ao meu lado, faço o mesmo e respiro fundo, sentindo aquela vibe calminha.

Era como se eu estivesse dividindo minha dor com alguém...
Era tão relaxante estar ali.





















512.
Curtinho.

Meu melhor amigo imaginarioOnde histórias criam vida. Descubra agora