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"Allanys"


Me desculpa tá? Eles quiseram vir do nada e Otávio disse que seus pais não tavam em casa. - digo pra Ana Luiza.

Estamos no quarto dela enquanto eles estão fazendo não sei o que.

Tá tudo bem, e foi exatamente por isso que queria que tivesse vindo sozinha. - ela diz sorrindo pra mim.

A, mas isso a gente resolve! - digo.

É, vamo lá ver o que eles estão fazendo. - diz Ana Luiza.

[...]

Luiza, tem problema eu chamar uma galerinha pra dar um pulo aqui? - diz Otávio.

Desde que limpem tudo depois... - diz Ana Luiza.

—  Tá beleza, Quer ir lá buscar as bebidas comigo Yasmin? - diz Otávio.

Vamos. - diz Yasmin.

Esses dois, Otávio acha que me engana.

Vou ligar pra minha irmã. - diz Juliano.

Porra. - resmungo.

O que foi? - diz Otávio.

Nada não. - digo.

Vamo voltar lá pra cima. - diz Ana Luiza.

Vamos. - digo.

Entro no quarto e ela entra logo atrás de mim fechando a porta.

Você não tá achando que eu vou fazer alguma coisa tá? - digo.

É, foi o que eu pensei. - diz ela.

Então o que vamos fazer? - digo sorrindo.

Estou sentada na beira da cama e ela se senta ao meu lado, segura meu rosto e me beija.

Foi o que eu pensei, eu não iria vir na casa de uma menina gata como a Ana Luiza pra ficar quebrando a cabeça fazendo trabalho. Eu não sou desse tipo que nunca faz os trabalhos mas hoje é uma excessão em especial.

Do nada ela para o beijo e se levanta não entendo muito até ela se sentar no colo, a olho sorrindo e ela volta a me beijar com suas mãos em meu rosto enquanto eu pouso minhas mãos em sua cintura. Começo a descer beijos pelo seu pescoço e ela arfa com todos eles, volto a beijar sua boca mas somos interrompidas por alguém entrando no quarto.

Não tinha fechado a porta? - digo.

Eu não tranquei. - ela diz e se levanta do meu colo.

Aí foi mal, é que o Otávio chamou muito mais gente do que ele falou. - diz Yasmin.

Caralho...

Saímos do quarto e assim que aparecemos na escada vimos que Otávio passou dos limites, tinha muita gente. Sem querer avisto Júlia tentando passar no meio da multidão.

Eu vou beber alguma coisa. - digo.

Vou atrás de Júlia e vejo ela entrando na cozinha e abrindo a geladeira.

Nossa você por aqui. - digo.

Tá me perseguindo garota? - diz ela.

Claro que não, eu só quero beber alguma coisa. - digo.

Ela se senta na bancada que tem bem no meio da cozinha e bebe seu Ice observando tudo em volta. Pego um na geladeira e bebe a observando.

Cadê Ana Luiza? - diz ela.

Eu não sei, porque acha que eu saberia? - digo.

Sei lá, talvez porque sua boca tá suja do mesmo batom que ela tá usando. - diz Júlia.

Merda. - digo limpando a boca.

Ela ri da minha cara enquanto bebe seu Ice.

Cadê seu namorado? - digo.

Por que você quer saber? - diz ela.

Sei lá, você tá sempre nas resenhas e nas festas e ele nunca tá com você. - digo.

Eu acho que você tá é me observando demais.

Ela não está errada mas nunca que vou admitir isso pra ela, tenho uma reputação a zelar.

Sempre nos encontramos... - digo.

Ou você sempre me persegue! - ela diz.

— Que palavra forte perseguir, eu não faço isso. - digo.

Acho que a Ana Luiza não vai gostar muito de te ver aqui comigo. - diz ela.

Ela não tem que gostar de nada, porque você acha isso? - digo.

Você não disfarça, nem um pouquinho. - diz ela.

Disfarçar o que? - digo.

— Que tá doida pra me beijar. - ela diz e eu abro um grande sorriso.

"Se eu quisesse te beijar, já teria te beijado."   - digo.


Você é muito convencida isso sim.  - diz ela.

Dou um gole na minha bebida e vou na direção dela, deixo minha bebida na mesa e apoio uma mão do lado de cada perna sua. Ela apenas observa meus movimentos, quando finalmente olho em seu rosto e nossos olhares se encontram, intercarlo meu olhar de seus olhos para sua boca, estou tão perto que consigo sentir sua respiração desesperada, me aproximo mais até nossos narizes se encontrarem e agora estou prestes a beija- lá.

Somos interrompidas e me afasto imediatamente.

— Me desculpa atrapalhar mas o Juliano tá metendo a porrada em dois garotos na sala.  - diz Yasmin.

— Porra!   - digo.

Vou quase que correndo pra sala e chego encontrando o namorado da Júlia caído com o rosto sangrando e outro apanhando pro Juliano. Júlia vai direto pro chão onde seu namorado está e eu apenas pego o Juliano e o levo pra cozinha aonde eu estava.


— PUTA QUE PARIU!  - digo.


— Que foi?  - ele diz.


— Você tinha mesmo que brigar na casa da minha peguete?   - digo.


— Foi mal mas o cara chegou dando em cima de várias minas enquanto minha irmã tava sozinha.   - ele diz.

Eu começo a rir quando ele diz isso e ele me olha sem entender.


— Ela não tava sozinha.   - digo.


— Você pegou a minha irmã?   - ele diz indignado.

— Ainda não, estava quase mas vc quis brigar.  - digo.


— Desgraçada, tá mesmo afim da minha irmã?   - ele diz.


— Você nem imagina.  - digo.


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