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"Júlia"

Após ir no banheiro eu volto pra sala, e faço umas atividades que a professora passou, não demora muito para a aula acabar. Ágatha vai lá pra casa para conversarmos, estou um pouco ansiosa para saber o que aconteceu nesse encontro dela com meu irmão.

...

Chegamos em casa e já subimos direto pro meu quarto e nos deitamos na cama.


— Quer começar a falar? - digo.


— Vai você primeiro! - diz Ágatha.


Conto a ela sobre tudo o que rolou, desde termos ido tomar açaí até o desfecho no meu quarto.


— Meu Deus, já estava na hora disso acontecer. - diz Ágatha.


— É... mas acho que fiz merda hoje. - digo.



— O que você fez? - diz Ágatha.



— Allanys veio me perguntar como eu estava após a minha briga com Victor e eu posso ter sido um pouco ignorante. Mas em minha defesa eu não aguento mais vocês falando de Victor na minha cabeça. - digo.


— Caralho em Júlia. - diz Ágatha.


— Vai fala logo como foi ontem. - digo.



— Tá olha ele me levou no morro pra comermos um podrão, depois fomos pro parque ficamos conversando e rindo. Seu irmão tava sendo um fofo juro, e antes de irmos embora ele parou o carro de frete ora lagoa e ficamos nos pegando no carro.  - diz Ágatha.


— Quando ele quer ser legal ele consegue.  - digo



— Pois é. Aí quando chegamos vimos a casa em tremendo silêncio e não tinha nada pegando fogo, então fomos pro seu quarto e encontramos vocês duas dormindo agarradinhas, muito lindes.   - diz Ágatha.


— Não paro de pensar em ontem a noite.  - digo.


— Eu também.   - diz Ágatha.



[...]

Ágatha foi embora, disse que não iria dormir aqui hoje de novo se não daqui a pouco a mãe dela vai achar que ela vai morar comigo, não que seja uma má ideia, quem sabe mais pra frente.

Meus pais chegaram em casa hoje, então por um tempo chega de chegar em casa de madrugada e trazer desconhecidos. Não estou falando de Ágatha e nem de Allanys mas sim de uns colegas do Juliano que ele trás aqui em casa de vez em quando. Um pior que o outro.

Me pego pensando em como tudo aconteceu rápido e em como eu fui imprudente e me igualei ao Victor no nosso relacionamento. Eu sei que eu deveria terminar, mas acho que estou presa nas memórias de antigamente, e talvez eu ainda tenha um pingo de esperança que tudo possa voltar a ser como antes, sem traições, sem mentiras, só nós dois felizes e bem um com o outro.  Talvez seja tarde demais para isso acontecer.

Saio dos meu transe quando Juliano entra no meu quarto e se joga na cama ao meu lado.


— Fala logo porra! - digo.



— Gente que mal humor é esse? Achei que estaria mais feliz depois de dormir agarradinha com minha melhor amiga. - diz Juliano.


Tento dizer alguma coisa mas apenas começo a rir e ele me acompanha com sua risada.


— Eu te odeio sabia? - digo.



— Eu também me amo. - diz ele rindo.



— Fala logo o que você quer. - digo.



— A Ágatha, ela disse alguma coisa sobre ontem, talvez sobre ter gostado? - diz ele apreensivo.



— Falou, desde quando você é legal e romântico? - digo.


— Então ela gostou? - diz ele.



— Gostou. - digo.



— Graças a Deus! - ele comemora.



— E você e Allanys, conversaram sobre algumas coisa sobre ontem? - digo.


— Não, ainda não. - diz Juliano.


— Hmmm. - resmungo apenas.


— Devo me preocupar? - diz ele se sentando na cama.


— Não!! - digo.


— Que bom, e você quer me contar o que rolou? - ele pergunta.


— Também não. - digo.


— Que bom, não quero me traumatizar já de cara. - diz ele se levantando.


— Tá bom, já pode sair do meu quarto. - digo.


— Que pressa é essa? Tô saindo. - ele diz indo até a porta e a saindo, fechando a mesma.




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