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"Júlia"



— Então você me odeia? - diz Allanys.


É a primeira coisa que ela diz após Juliano fechar a porta. Estou encostada na porta enquanto ela já está sentada na tampa do vaso.


— Não é bem assim... - digo.


— Eu acho que é tesão encubado. - diz Allanys.


— Não!! Credo, é por essas suas falas dentre outras, mas eu não te odeio, só não sou sua fã igual as outras meninas. - digo.

— Nossa, quer dizer que as meninas que eu pego são todas minhas fãs? - diz Allanys.

— Sim. - digo.


— Então eu acho que você é minha fã sim, tá louca pra me pegar. - diz Allanys.


— Você tá tão convencida.... - digo.


— Se seu namoradinho não tivesse chegado na cozinha o que você acha que teria acontecido? - diz Allanys sorrindo.


— Não sei, mas foi uma pena ele ter chegado. - digo.

— Poderíamos ter realizado o seu sonho. - diz Allanys.

— Que sonho? - digo.


— De me beijar. - diz Allanys.



Não digo nada apenas fico onde estou, não quero mentir porque isso realmente tem estado nos meus sonhos a noite quando me deito para dormir, nós duas em um beijo maravilhoso, me recomponho assim que vejo ela se levantar e vim para perto de mim, respiro fundo com sua aproximação e ela percebe pois sorri.


— Não precisa ficar assim, eu não mordo! - diz Allanys.


De repente estou com calor, não sei se é porque o banheiro está realmente quente ou se é porque ela está perto demais de mim, ela leva suas mãos no meu cabelo colocando um fio atrás da minha orelha, apenas observo seus movimentos. Estou igual a uma estátua encostada nessa porta com as mãos para trás, ela se aproxima do meu rosto e deposita um beijo na minha bochecha, sua mão agora acaricia minha bochecha, mas não demora muito para descer para a minha nuca. Sinto meu corpo se arrepiar com o seu toque, meu peito está subindo e descendo mais rápido que o normal.

— Quer que eu te beije?


Ela sussurra e olha nos meus olhos, não sei o que responder ou como reagir a essa pergunta, olho nos seus olhos e consigo sentir a tensão que se instala nesse pequeno banheiro.


— Só vou continuar se você disser que quer.

Ela sussurra novamente, sua voz baixa, sua aproximação ao meu rosto me deixa extremamente fraca, não sei da onde tiro forças para lhe responder.


— Quero. - digo.


— Quer oque? - ela diz acariciando meu pescoço.


Amor Sigiloso🌈Onde histórias criam vida. Descubra agora