Izu 10: O Herói Metamorfo!

Capítulo CXCIV: De Shimura para Shigaraki

Estava anoitecendo, o sol dava adeus e desde aquele momento que eu como narrador tive o desprazer de narrar, vemos o pai de nossa futura vilã sozinho em seu escritório.

A casa estava em um silêncio, ninguém soltava um pio... Uma única palavra, aquilo foi além de todo e qualquer limite e por mais que não quisesse admitir, Kotarou sabia que havia ultrapassado.

Tanya estava no quintal, de novo... E lá estava ele, dentro daquela casa, guardando a foto da sua mãe e pegando a carta que ela escreveu para ele anos atrás.

"Kotarou, querido...

Me perdoe por abandoná-lo assim... Mamãe terá que enfrentar uns caras bem ruins daqui pra frente e eles podem terminar fazendo coisas ruins a você meu amor. Por isso preciso ficar longe de você.

Me perdoe por tudo, não só pelo que acabei de fazer... Eu sei que nunca fui uma boa mãe pra você, eu sei que a morte do seu pai não é desculpa e que você acabará me odiando por isso... Mas saiba que eu vou sempre te amar meu filho.

Eu te amo Kotarou, espero que possa continuar vivendo sempre feliz, sorrindo, são e salvo, e saiba que mesmo que eu não esteja mais presencialmente com você, ainda sim estarei te observando. Sempre..."

Ele lia aquela carta em silêncio.

-Eu realmente... Queria acreditar que você me odiava, seria muito mais fácil, justificaria bastante o meu ódio -Ele desabafou.

Naquele momento sua esposa e seus sogros chegaram.

-Kotarou, precisamos conversar -Ela chegou com uma expressão séria.

-...? -Ele se virou para ela- Onde ela está?

-Onde você acha? Ela não saiu de onde você a colocou!

O silêncio predominou por alguns segundos.

-Eu... Fui longe demais -O mesmo comentou.

-Não diga! -A esposa exclamou- Kotarou, eu tentei se compreensiva o máximo que pude, mas isso é inadmissível!

-...

-Eu não vou deixar que machuque ou bata em nenhum dos nossos filhos outra vez!

-...

-Qual é o seu problema? Você não disse que queria uma família feliz?! -Ela indagou.

-Eu não queria que as coisas terminassem assim -Ele desabafou.

Enquanto isso...

-... -Ela estava abraçada ao seu cachorro no quintal, que não havia saído do seu lado desde então- E-Eu odeio tanto isso Mon-chan...

-...

-Eu não aguento mais Mon-Chan... -Ela o apertou bem forte- Eu odeio todos eles, eu odeio todo mundo!

-Cain!! -O cão choramingou.

-...? -A pequena não entendia nada.

E quando foi ver... Seu cachorro havia se despedaçado em vários pedaços.

-Hã?! -Ela estava em choque.

Lá estava os restos mortais, a poça de sangue... Ela toda ensanguentada estava sem entender nada.

-M-Mon...?

-Tanya!! -Seu irmão vinha ao longe.

-...?! -Tanya se virou para ele completamente confusa sobre o que acabou de acontecer.

-Tanya? Tanya me desculpe -Han comentou se aproximando lentamente, como estava tudo escuro era difícil para ele ver tudo o que aconteceu- Eu... Eu estava errado