O Começo das Nossas Histórias (parte 2)

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O apartamento dos dois havia mudado bastante. O antigo quarto de hóspedes virou um local cheio de estantes para guardar os quadrinhos e mangás dos dois, e o velho quarto de Rouge foi transformado para comportar uma cama de casal, um guarda roupa enorme e um banheiro.

– Quando é a nossa formatura mesmo, querido? – Indagou enquanto tirava o salto alto.

– Mês que vem. – Falou indo direto para o banheiro.

– Estou tão ansiosa! – Foi aonde Knuckles estava, ficando atrás da porta fechada. – Você vai ficar tão bonitão naquela bata.

– Nem vem! – Riu.

– Mas pense no resto. Finalmente vamos conseguir o que queríamos... – Ela hesitou em continuar a frase. – ...a gente pode tentar.

O vermelho saiu rapidamente do banheiro, curioso.

– Tentar o que?

– Um futuro juntos. – Disse tímida.

– Nós já temos um futuro juntos, o que foi Rouge? – Ela olhou pro chão com vergonha de falar, alisava seus próprios dedos numa forma de tentar dissipar a ansiedade que tinha. Já ele, percebeu rapidamente. – Rouge, pode falar o que aconteceu, meu amor. Foi a Amy, não foi?

– Você viu como aquelas crianças no parquinho do shopping eram fofas? – Disse ainda olhando pro chão. – E não, não foi a Amy, eu já estava pensando nisso quando ela falou sobre...

– Rouge... – Já previu o que ela falaria, mas ainda não acreditava.

– Você viu ou não? – Agora encarou os olhos do vermelho.

– Vi! E daí? – Depois que ele terminou de falar, os dois ficaram em silêncio por uns instantes.

Ela encarava pra ele e ele pra ela. Rouge abria a boca, porém nada saia e sua expressão estava apreensiva, parecia estar com medo de como o namorado reagiria. Apesar de que com o tempo Knuckles se tornou um homem mais calmo, compreensivo e sensível, ele ainda era o Knuckles.

– Desembucha mulher! – Balançou os ombros de leve.

– E se a gente tivesse um filho? – O rapaz congelou. – Knucky?

– C-c-calma. – Respirou fundo, olhou pra cima, pros lados, procurando se algo vinha na mente. – Você quer ter um filho comigo?

– Sim? Se não for incomodo pra você...

– Mas Rouge, a gente nem é casado. – Tentou confortar a morcega, apesar de ter dado o primeiro passo em relação a isso, ela estava bastante nervosa. – E a mesada dos seus pais e meu estágio não conseguem bancar uma criança.

– Tudo bem, você está certo. – Abraçou o peito do maior. – Mas e se a gente casasse e tivéssemos estabilidade, você teria um filho comigo?

– É claro que sim! – Beijou-a com carinho. – Ficaria muito feliz se fosse um menino.

– E eu ficaria se fosse uma menina! – Riu baixo.

– Farei o possível para garantir um menino. – Sorriu sacana, arqueando uma sobrancelha.

– Ah, então vamos competir? – A morcega seguiu o clima, acariciando o rosto dele. – Aproveite enquanto não temos ninguém pra atrapalhar. – Ela começou a tirar as roupas.

– Agora ficou bom.

[...]

Estavam no bar após a colação de grau, havia cervejas na mesa, sorrisos e gargalhadas altas no bar. Alguns ainda usavam as batas de formatura, e todos se divertiam como há muito tempo não faziam.

Hard to Say "I Love You"Onde histórias criam vida. Descubra agora