Esse é Knuckles, Meu Namorado!

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Knuckles acordou com o pesadelo que sempre tinha quando estava nervoso: sua irmã caída num chão que parecia lava, quente e flamejante, suas mãos cinzentas com fuligem e pele morta incomodavam o equidna até que elas estavam limpas novamente, apenas cheirando a seu próprio cobertor.

Sua manhã foi mais lenta que o habitual. Aproveitou a água fria da manhã, tomou devagar o seu café e se arrumou com cuidado, chegando ligeiramente mais tarde na faculdade, e assim que passou pelo portão de entrada sentiu uma mão em seu ombro.

- Estava te esperando. – Shadow estava com uma das mãos no bolso, com um cigarro aceso na boca. – Quando vamos começar o que você planejou?

- A partir de amanhã o plano começa, hoje irei fazer os preparativos, terei a noite livre já que Rouge vai estar com os pais.

- Certo. – Jogou a fumaça fora pela boca, colocando o cigarro logo depois.

- Não havia parado de fumar?

- Ontem foi muito pra mim, um não faz mal de vez em quando.

- Se a Maria descobrir ela não vai gostar.

- E como ela vai descobrir? Você vai contar?

- Não preciso, você cheira a nicotina quando fuma. – E foi saindo, até ouvir o que Shadow havia falado.

- E a Rouge? Não vai pedir ela em namoro? – Parou no mesmo lugar, virou-se devagar.

- Vou visitá-la hoje, ela provavelmente quer um apoio por conta dos pais, disse que estão visitando a cidade.

- Vai conhecê-los?

- Não, apenas passar, afinal ela disse que não precisava. – Shadow ouviu aquilo e planejou algo, sabia que a morcega seria visitada de noite.

- No final da tarde pro início da noite os pais dela estão indo embora, se quiser ir vá nesse horário.

- Ah, certo. Obrigado. – Knuckles não tinha a menor ideia no que estaria se metendo, acreditou piamente no amigo.

- De nada. – E lá se foi o equidna.

[...]

Rouge estava nervosa, ia de um lugar a outro do apartamento, já era final da tarde e ela não conseguia parar de pensar nas possibilidades. Até que ouviu o som de sua campainha, foi até a porta e abriu, vendo Knuckles do outro lado. A morcega não sabia se ficava mais nervosa ou agradecia pelo rapaz ter vindo naquele momento.

- O que você está fazendo aqui? – Puxou-o para dentro com tudo.

- Como assim? – Knuckles piscou algumas vezes para tentar processar as feições de Rouge que trocava entre preocupação, nervosismo e alívio.

- Meus pais! Eles vão vir a qualquer momento! – Coçou a cabeça rapidamente, perdida. Knuckles se tocou rápido, foi enganado!

- Você... quer que eu fique? – A garota abriu a boca para responder, mas nada falou. – Ok, tudo bem eu posso ir... – Ele voltou em direção a porta, porém sentiu seu punho ser segurado.

O equidna virou o rosto, e viu em sua face como ela pedia para que ele ficasse junto, e quando menos esperou sentiu-se apertado. Rouge o abraçou com tudo, enterrando seu rosto no peito do rapaz.

- Obrigada... – Deixou o ar sair de seus pulmões, aliviada por ao menos ter um abraço quando estava a beira de uma crise nervosa.

Mas, antes que pudesse aproveitar da paz que tinha com o rapaz a campainha tocou mais uma vez e agora tinha certeza, eram seus pais. Os dois tiveram um sobressalto quando ouviram as batidas na porta.

Hard to Say "I Love You"Onde histórias criam vida. Descubra agora