Capítulo 6

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Porschay se afastou repentinamente de Kim que já não chorava mais, ele reclamou pela falta de proximidade enquanto soltava um longo suspiro.

— Eu ainda estou com raiva de você —Porschay cruza os braços. — Mas eu sou uma boa pessoa.

— Eu sei —Kim sussurra não o olhando completamente nos olhos. — E pessoas boas nunca conseguiram ter uma alma fria.

Porschay percebeu que o olhar do mesmo de repente mudou.

— Pare de pensar —Porschay manda.

— Como sabe que estou pensando? —Kim cruza os braços.

— Seu olhar vagou e você sempre faz isso quando está pensando no que não deveria —Porschay revira os olhos. — Você é uma pessoa que criou uma alma fria para usar de escudo e não alguém ruim com alma fria.

Porschay após isso saiu da sala e seguiu para fora do quarto indo em busca do melhor amigo que ele torcia para não ter arrumado confusão.

Win estava no jardim falando consigo, quem o visse pensaria que era no mínimo esquizofrênico.

— Respira, Win —ele falava consigo mesmo. — Respira fundo.

Win andava de um lado para o outro no jardim, ele estava inquieto. Após ter seus surtos internos, após cair a ficha de que ele não poderia agredir Macau porque porque segundo a sua psicóloga "a pessoas que mesmo que você queira nunca poderá machucar" e era ele, por pior que Win achasse, ele não poderia mudar o fato de que era ele.

— An, Win? —Macau o chama.

Win ao ouvir o chamado do outro congelou, permaneceu de costa para o mesmo.

— Merda, ele nunca vai me deixar em paz? —ele se questiona.

— Não —Macau responde.

— Não falei com você —Win responde.

— Eu sinto muito —Macau se aproxima com receio.

— Não se aproxima —Win se vira brutalmente. — Eu não quero suas desculpas.

— Não seja orgulhoso, eu já disse que sinto muito —Macau cruza os braços irritado. — Não pode só me desculpar?

— Eu já disse que não aceito suas desculpas —Win responde tentando se manter calmo.

— Ah merda! Acha que eu vou ficar aqui insistindo para que me desculpe? —ele questiona furioso e frustado.

Ele não conseguia entender, tudo oque se passava em sua mente era que ele já havia se desculpado, porque o outro não podia só o desculpar?

Mas para Win se desculpar não era sinônimo de estar arrependido, e ele queria ver até onde Macau iria e se ele estava mesmo sendo sincero.

— Nunca pedi que ficasse —Win responde com arrogância.

— Por que é tão orgulhoso!? —Macau bate o pé.

— Por que é tão chato!? —Win respira fundo. — Acho que já pode ir.

— Eu não quero ir, você não mande em mim —ele revira os olhos.

— Ótimo, fique sozinho —Win da as costas para o mesmo pronto para ir embora.

Macau segurou em seu pulso e o puxou para perto, ele não estava afim de o deixar ir tão fácil.

— Ah qual é? Está realmente falando sério que não se importa se eu for embora? —Macau questiona incrédulo.

Can you love me again? -KimChay (KP)Onde histórias criam vida. Descubra agora