Capítulo 8

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Kim Theerapanyakul

Estacionei o carro em frente a casa principal, Porschay se inclinou para abrir a porta mas não permiti que ele descesse.

— Você está realmente bem?

— Sim, posso descer? —ele questiona. A raiva parecia voltar ao seu corpo. — Kim!?

Claro que a raiva voltou, Kimhan!


Eu destravei as portas e desci, fui até o outro lado e abri a porta para o mesmo. Ele desceu me olhando feio, eu sorri para o mesmo e joguei as chaves para um guarda que parecia estranhar Porschay estar comigo.

Todos nessa casa são tão fofoqueiros e curiosos?


— Você estava me vigiando? —ele questiona incrédulo, parecendo só se notar isso agora.

— Está percebendo isso agora?

— Não use sarcasmo, ironia ou deboche comigo —ele resmunga irritado. — Idiota.

— Se eu não te protegesse quem faria isso?


Exatamente, quem o protegeria não é Kim?


— Meu irmão —ele responde.

— Ele nem mesmo se lembrou de colocar guardas com você e você já foi sequestrado antes.

— Ninguém é perfeito, devia saber disso —ele retruca. Ele para. — Aliás, por que ainda está aqui? Já me salvou, fez o ato bom do dia, me trouxe até aqui em segurança e já pode ir.

— Eu quero garantir sua segurança.

— Por que? Pensei que oque eu fizesse fosse problema meu, aliás, você nem se importa, ta tentando provar para si mesmo que não é tão ruim por ter usado um garoto de dezessete anos? —ele questiona começando a ficar furioso.

Concordo, não foi isso que disse a ele, Kimhan?

Eu até gosto dessa versão dele, mas não nesse momento. Eu estou irritado e não quero brigar com ele outra vez.

— Eu não quero provar nada, eu só quero te manter a salvo como não consegui da última vez.

— Naquela vez em que pretendia ir embora e me deixar sozinho? —ele questiona, ele ri amargamente. — Uau, que ato de heroísmo.


Kim, calma.


— Porschay, porra! Eu só quero te manter seguro.

— Eu não quero estar seguro se pra isso precisar ter você perto de mim —ele murmura. — Por que não pode me deixar em paz?

— Porque eu não consigo!

— Você é um cretino! Ah eu te odeio tanto —ele bate os pés e cruza os braços.

Ele pode até ter tido da boca pra fora, mas aquelas palavras machucaram porque é sinal que mesmo me amando ele quer me odiar pelo oque fiz. Não posso o julgar por isso, eu errei muito com ele, mas me arrependo amargamente e faria qualquer coisa para que ele me perdoasse.

— Você não me odeia.

Oque era para ser uma frase afirmativa para ele saiu como uma frase afirmativa para mim mesmo e ele pareceu notar.

Can you love me again? -KimChay (KP)Onde histórias criam vida. Descubra agora