Kim Theerapanyakul
Acordei com o celular tocando, me estiquei até a cômoda o peguei e atendi.
— Alô?
— Kim? —Porsche questiona confuso.
— Por que está me ligando a essa hora?
Olhei confuso para a cômoda e notei que não era meu celular. Merda, esse não é meu celular. Eu engoli em seco, encarei a tela do celular sem saber oque dizer e antes que eu precisasse dizer qualquer coisa Poschay tomou o celular das minhas mãos.
— Oi? —Porschay fala sonolento.
Eu me aconcheguei em seu peito nu e ele me olhou de relance antes de passar as mãos em meus cabelos, fechei os olhos e depositei um beijo em seu ombro.
— Está na porta da casa do Kim? —ele questiona incrédulo. — Não ouvi a campainha.
— Meu quarto é a prova de sons, nenhum som entra ou sai.
Porschay desligou e fez menção de se levantar porém antes que ele se afirmasse sentado o puxei para a cama novamente e beijei seu rosto.
— Meu irmão está na porta da sua casa —ele tenta se soltar dos meus braços oque me faz o apertar mais. — Meu irmão está lá fora, Kim.
— Ele pode esperar.
— Kim, eu ainda estou bravo com você —ele resmunga virando o rosto quando beijo seu pescoço. — E ele não pode esperar, Porsche é impaciente.
— Eu sei, mas não posso resistir a você tão lindo na minha cama de manhã.
Eu distribui beijos do seu pescoço até seu ombro onde dei uma leve mordida e ele resmungou algum tipo de xingamento. Voltei a atacar seu pescoço com curtos beijos, no estante que me inclinei para beijar seus lábios a porta do quarto foi aberta brutalmente, me virei na direção da mesma e Khun entrava acompanhado de Porsche, Arm e Pol. Kinn surgiu logo atrás do irmão de Porschay.
— Tenho as chaves da sua casa —Khun balança em suas mãos um chaveiro cheio de chaves.
— Isso é invasão a domicílio e privacidade.
— O que faz no quarto dele? Por que não voltou para casa, Porschay? Por que estão sem camisa? —Porsche questiona sério, ele cruza os braços.
Porschay estremeceu em meus braços, me encaixei entre suas pernas e puxei minha camiseta em cima da cômoda e entreguei a ele que a vestiu. Me tirei de cima do mesmo, fui para fora da cama e ele se levanta.
— O que fez com meu irmão? —Porsche questiona desconfiado.
Porschay olhou para baixo provavelmente envergonhado por se lembrar do acontecimento de ontem, Porsche se virou para mim.
— Tocou no meu irmão? —ele questiona, seu olhar passou a ser raivoso.
— Não —Porschay responde rapidamente. — Porsche, agora não.
— Porschay, o que tem acontecido? —Porsche questiona confuso.
Porschay correu até o banheiro, entrou e trancou a porta.
— Depois conversamos —Porschay responde.
— Kim —Kinn me chama, ele me olha confuso. — Ele não queria te matar até alguns dias?
— Ele ainda quer.
O celular de Porschay tocou na cômoda ao lado da cama, me aproximei e atendi.
— Porschay, seu irmão veio te procurar aqui, por que não vê minhas mensagens? —Win questiona irritado.
— Transou com Kim? —Macau questiona confuso.
— Se sim nos conte tudo depois —Win pede, sua raiva sumindo de repente.
— Porschay está no banheiro e já sabe que Porsche está o procurando.
— Kim? Meu Deus, é você? —Win deu risada. — Falamos a Porsche que você estava com Chay porque vocês tinham um trabalho pra fazer.
— Porschay liga depois.
Eu jogo o celular de Porschay em minha cama e me sento. Porschay sai do banheiro após alguns minutos e olha Porsche.
— Quem me ligou? —Porschay questiona confuso.
— Isso não importa agora, Porschay —Porsche o olha. — Vamos conversar.
— Precisamos mesmo disso? —Porschay questiona soltando um longo suspiro. — Pensei que confiasse em mim e nas coisas que eu faço.
— Isso era até alguns dias —Porsche responde olhando Kinn.
— Vamos esperar lá fora, o quarto é aprova de sons.
Eu sai para o lado de fora recebendo um olhar suplicante de Porschay para o ajudar. Mas eu não podia.
— Kim, o que está fazendo com ele? —Kinn questiona sério. — Seja lá oque for não está o fazendo bem, Porschay não era rebelde assim antes de te conhecer.
— Ele não está sendo rebelde, ele só está se descobrindo e sendo ele.
— Saindo com Vegas? —ele questiona irônico.
— Pete estava junto.
— As câmeras não dizem isso —Kinn responde com indiferença.
— Câmeras? Que câmeras?
— As do jardim —Kinn responde sentando no sofá. — Mostra ambos bem íntimos, íntimos demais para ser só um conversa, Vegas não é assim, não quando não tem interesses.
— O que está insinuando?
— Nada, apenas estou querendo dizer que a companhia de Vegas pode estar o afetando, ele pode estar falando oque não devia a Porschay —Kinn responde.
— E o que ele não devia dizer a Porschay? —eu questiono. — Que abusou do irmão dele depois de o salvar de fazerem o mesmo? De ter o enforcado? O chamado de vadia? De ter o "humilhado" diversas vezes?
— Fale baixo —Kinn manda.
— Eles não ouviram, nenhum som entra ou saí de lá.
— Vegas não é ruim, mas não é bom também —Kinn murmura.
— O que viu?
— Vegas o abraçava —Kinn responde. — E ele não se importava.
— Porschay não é assim.
— Ninguém é santo —Kinn se levanta. — Porschay pode só ter a cara.
— Não admito que insinue essas coisas sobre ele. Pensei que tivesse superado essa briga com Vegas.
Ouvi a porta do quarto bater e Porschay apareceu na sala fervendo de raiva.
— Porschay, Porschay —Porsche chamou pelo irmão.
— Kim, eu quero ir —Porschay anda até a porta.
— Eu ainda estou sem camisa.
— Ninguém irá te ver mesmo —ele murmura.
Peguei as chaves do carro e o segui para o lado de fora. Eu entrei no carro e logo que ele sentou no banco seus olhos brilharam pelas lágrimas e ele as derrubou.
— Chay.
— Dirige —ele pede.
Eu ligo o carro e saio da garagem. Eu não sabia para onde ir, nem aonde ele queria ir, então levei até sua casa. Desço do carro e vou até o outro lado, abro a porta e me inclino o abraçando. Ele me abraçou apertado.
— O que houve?
Ele não me respondeu, apenas se encolheu em meus braços. O peguei em meus braços travei o carro e segui até a o portão. Entrei na casa e fui para o quarto do mesmo, me deitei ao seu lado da cama e ele me abraçou. Alguns minutos depois — 40 minutos para ser exato — ele parou de chorar e ficou em silêncio, olhos fechados e agarrado ao meu corpo. Eu o abraçava e acariciava sua cintura.
Fizemos isso, Kim?
Não sei.
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Can you love me again? -KimChay (KP)
FanficChega a hora de Porschay decidir se quer Kim novamente em sua vida ou não. Hora de colocar oque sente para fora e tentar viver sua nova vida da melhor forma possível. Mas será que Porschay pode deixar Kim para trás? Kim conseguirá deixar seu amado e...