Capítulo 38

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Porschay Pachara

Desço as escadas de casa a procura de Macau para irmos a faculdade mas não o encontro, deve estar se arrumando, sigo até a cozinha e pego um copo de suco. 

— Vamos? —Macau desce as escadas.

— Já tomou café?

Ele concorda.

— Então vamos.

Seguimos para o lado de fora. Chegamos atrasados pelo trânsito então tive que correr para a aula.

— Pensei que não viria —Win sorri.

— Trânsito.

— Kim, esteve procurando por você —Win avisa pegando o celular.

— Aqui?

Ele concorda.

— O que ele queria?

— Não sei —ele responde me olhando.

— Win, posso te fazer uma pergunta?

— Sim —ele concorda.

— Você gosta do Macau?

— Gosto. Somos amigos, não é? Nós brigamos, noa provocamos, mas ainda somos amigos —ele responde guardando o celular. — Por que a pergunta?

— Você sabe que não perguntei dessa forma. Eu quero saber se você está apaixonado por ele, está?

— O professor chegou —ele avisa levando sua atenção ao mesmo.

É claro que ele fugiria da pergunta.

Ao fim da aula fomos esperar Macau sair do treino, estávamos sentados em um banco tomando suco.

— Não vai responder minha pergunta?

— Faz diferença estar ou não? —ele questiona fechando a garrafa de suco.

— Faz, ele está apaixonado e você sabe, não pode transar com ele depois dele ter se declarar e agir como se nada tivesse acontecido.

— Pelo jeito ele já te contou —ele resmunga revirando os olhos.

— Ele estava chateado.

— Estando ou não ele sempre te conta tudo mesmo, são melhores amigos e moram juntos, como o aguenta? —ele faz careta.

— Pode não ignorar minha pergunta?

— Eu não gosto dele —ele responde abaixando a cabeça. — Eu não gosto do Macau, no início eu tive sim uma paixão por ele, mas passou, eu não sinto o mesmo por ele e não sei como dizer.

— Win.

Ele respira fundo, eu seguro sua mão e sorrio ao mesmo.

— Está tudo bem, ser amado e não amar de volta não é um crime, é algo normal. Você só não pode esquecer que ele também tem sentimentos, deve dizer a ele isso para que ele não crie esperanças e possa tentar seguir adiante mais rápido.

Macau vai ficar tão mal.

— Mas e se ele se afastar? —ele questiona cabisbaixo. — O ver se apaixonando por mim me quebrou, porque eu sabia que nunca poderia sentir o mesmo.

Eu sinto muito.

— Ele vai precisar de tempo. Mas, vai passar.

— Vou falar com ele —ele sorri. — Aliás, Kim disse que te procuraria depois, daqui a pouco ele aparece aqui.

Ficamos em silêncio, eu peguei meu celular e mandei mensagem a Porsche, conversava com ele quando senti braços em meu ombro.

— Quem é? —eu questiono confuso. — Kim?

Can you love me again? -KimChay (KP)Onde histórias criam vida. Descubra agora