Capítulo 12

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Kim Theerapanyakul

Terminei de arrumar o meu cabelo e me virei para conferir Porschay que estava quieto demais. 

— Porschay?

Ele dormia. Eu sorri o observando. Me aproximo em silêncio, o arrumei na cama com cuidado para não o acordar e me deitei ao seu lado.

Ele é tão lindo, tão perfeito. Ele não faz idéia do poder que tem sobre mim, ele não imagina um porcento das coisas que eu faria por ele.

É só ele pedir e então eu me dedicaria por inteiro a ele. Me dedicaria de corpo e alma. Eu seria um escravo do seu amor. Eu seria capaz de deixar ele fazer oque quisesse comigo se ele me pedisse.

Ainda bem que ele não sabe disso, Kimhan, ou seríamos comandados por um garoto.

Você fala como se tivéssemos a idade do Khun, Kim não tem nem vinte e cinco ainda.

Queria que as coisas tivessem sido mais fáceis para nós. Sem a droga dessa família ou tudo oque nos atrapalhou — eu — só queria que tudo fosse diferente. Queria poder ter o amado da forma correta, sem mentiras ou fingimentos. Eu queria ter entregado meu coração cem porcento a ele, sem inseguranças ou paranóias.

Eu só queria ser dele.

***


Eu acordei com meu celular tocando na cômoda ao lado, não senti Porschay na cama e me levantei rapidamente.

Kim, reunião em família —Kinn avisa. — Todos estão aqui só falta você.

— Me ligou para isso?

Porsche, seu irmão está na sala —Kinn fala, ele estava distante do celular mas eu ainda podia o ouvir.

— Porschay está ai?

Sim —ele concorda.

Porschay realmente foi embora e me deixou sozinho aqui?

Achou que ele faria o quê, Kim?

— Estou chegando.

Eu desligo e guardo o celular em meu bolso e pego a chave do meu outro carro.

Preciso pensar sobre oque vou fazer com o outro carro, é meu favorito, quase nunca o uso, justamente por seu o meu favorito, nunca deixei ninguém entrar e quando deixo acabo o usando de cama e o sujo todo.

Olha as loucuras que aquele garoto me faz fazer.

E ele ainda acha que não o amo?

Eu entro em meu carro e acelero saindo da garagem. O caminho foi tranquilo, estacionei em frente a casa principal e entreguei as chaves a um dos seguranças e fui em direção a porta da casa.

— Então, o que aconteceu?

Eu não estava com paciência para ficar com enrolação, esperava que isso fosse rápido.

— Finalmente chegou —Khun reclama.

— Vamos fazer uma festa de natal esse ano —Kinn avisa de uma vez.

— Me chamou aqui para dizer isso? Era só ter dito pelo celular.

— Não teria graça, todo mundo estaria aqui menos você? —Khun questiona incrédulo, ele revira os olhos.

— Achei que era algo urgente, se soubesse nem teria vindo até aqui —eu me encosto na parede. — Quem teve a idéia?

— Porsche —Kinn responde, ele balança os ombros. — Porschay, Macau, Khun e Pete ficaram o incomodando até ele dizer que sim.

Can you love me again? -KimChay (KP)Onde histórias criam vida. Descubra agora