Capítulo 43

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Kim Theerapanyakul

Observei Porschay de longe abraçar Win, ao que entendi desde que Win chegou aqui com Macau — já era umas sete da noite quando chegaram — foi que ele iria estudar em Nova York. Ele simplesmente chegou aqui, falou com Porschay que precisava dizer algo a ele e depois disse "Eu vou estudar em Nova York, eu vou amanhã", eu deixei que eles conversassem e fui para a cozinha. Eles ficaram um bom tempo lá até que Macau entrou na cozinha.

Pergunta como ele está, Kim, ele é seu primo.

— Como você se sente?

— Péssimo —Macau responde se sentando. Pelo jeito também decidiu deixar os dois sozinhos. — Se sentiu dessa forma quando Porschay te bloqueou e não quis saber de você?

— Sim.

— Ao menos você sabia que ele te amava —ele sorri indo até a geladeira. Ele levou a garrafa de água, parou e ficou olhando a geladeira. Notei ele secar algumas lágrimas. — Droga.

Infelizmente eu sei como é esse sentimento. Não é bom, é angustiante.

— Macau, não precisa fingir que não está doendo, Win sabe que você não está bem.

— Eu só não quero que ele se sinta pior —ele fecha a porta da geladeira, anda até a pia e coloca água no copo. — Eu ainda sinto que tenho culpa dele estar indo embora.

— Não é sua culpa, ele está indo porque acha melhor assim.

Vendo isso eu tenho certeza de que Macau está e vai ficar bem pior que o Porschay.

— Vai ter que me ligar todos os dias —escuto a voz de Porschay se aproximando.

Macau seca as lágrimas, se vira para o outro lado da bancada e continua a beber sua água.

Deve ser um mal dos Theerapanyakul fingir que está tudo bem quando sabemos que não está.

— Eu vou te ligar todos os dias —Win afirma sorrindo quando entram na cozinha.

— Vem aqui, Chay.

Ele se aproxima e eu o abraço, ele se deita em meu ombro. O celular de Macau tocou, ele o pegou no bolso da sua jaqueta e atendeu.

— Pen? Não, hoje não, deixa para outro dia —Macau deposita o copo na bancada. — Hoje não dá mesmo. Não tô afim, nos vemos amanhã então.

— O que ele quer? —Porschay questiona se virando para o olhar.

— Uma festa —Macau sorri se virando para ele. — Não quero ir.

— Devia ir —Win sorri o olhando.

— Não estou com vontade —ele se escora na bancada e sorri. — E é a duas horas daqui, perda de tempo.

— Que horas você vai amanhã? —Porschay questiona se virando para ele. — Quero ir no aeroporto com você.

— É nove e meia o meu vôo —ele responde sorrindo.

— Aonde estavam? Procurei vocês e disseram que haviam saído juntos —Porschay os encara em dúvida.

— Saímos para andar pela cidade —Win responde, ele olha Macau e sorri.

— O que vocês vão fazer agora? —Porschay questiona se afastando. — Filme, série?

— Filme —Macau responde caminhando para a sala.

— Ele chorou quando contou a ele? —Porschay questiona baixinho.

Win concorda.

— Ele não quer que Win se sinta mal se ele chorar.

— Porschay, vai cuidar dele, não vai? —Win questiona. — Se ele não estiver bem vai me contar, certo?

Porschay concorda, mas era óbvio que ele não contaria, Win sabia disso, porque Macau nunca deixaria que ele soubesse que ele não estava lidando bem com a situação, nunca o preocuparia sabendo que ele está longe.

— Macau —Win caminha para a sala. — Nada de terror, coloca um romance.

— Romance não.

— Romance sim —Porschay concorda me puxando para o outro sofá.

Eles escolheram "a culpa é das estrelas", no final Porschay dormiu em meu peito e eu agradeci porque pelo menos ele não ia chorar com o filme. Ele pode assistir quantas vezes for e ele ainda vai chorar.

No outro sofá Win também dormia, Macau estava deitado na curva do seu pescoço, provavelmente dormindo ou fingindo, estavam cobertos por um edredom que Porschay pegou para eles, não sei se eles assistiram o filme ou dormiram na metade dele, mas no final eu provavelmente fui o único a assistir todo o filme. Desliguei a tv.

Me levantei com Porschay em meus braços e o carreguei para nosso quarto. No relógio marcava nove horas.

— Chay, eu vou escovar meus dentes.

Ele abriu os olhos, me soltou e se sentou na cama.

— Eles dormiram? —Porschay questiona se levantando.

— Sim.

Ele caminha até o banheiro e eu o sigo. Escovamos os dentes e voltamos para a cama. Tirei minha camiseta e joguei no sofá. Porschay se aproximou e eu o trouxe para se deitar em meu peito. Fiz carinho em seus cabelos até que ele dormisse.

Eu te amo.

***

O sofrimento do nosso menino nunca tem fim.

Macau merece ser feliz gente.

Boa tarde e bom fim de semana!

Vejo vocês amanhã :)

Can you love me again? -KimChay (KP)Onde histórias criam vida. Descubra agora