Twenty Eight

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Caitlyn's POV

As coisas estavam indo absurdamente difíceis naqueles últimos dias. O Dia do Progresso estava chegando, mas o problema era que Jayce e Mel haviam voltado da Lua de Mel bastante agitados. Os dois então resolveram tornar o Dia do Progresso em uma Semana do Progresso.
Sabe quem ficaria muito contente com a ideia? Jinx. Ela adora causar alguma coisa num dia, imagine tendo agora sete dias para fazer mais alguma coisa terrível e perigosa para a cidade?
A segurança de Piltover precisava ser triplicada, o que era minha responsabilidade. E essa responsabilidade me fazia levar trabalho para todos os lugares, e principalmente, para casa.
Numa noite, quase de madrugada, eu ainda estava acordada trabalhando, na sala, enquanto Violet deveria estar dormindo no quarto. Mas de repente, senti a mesma me agarrar pelo quadril.

— Violet, agora não... — reclamei, pondo a mão na testa.

— Essa casa está muito quieta, amor. — ela disse, dando beijinhos no meu pescoço. — Vem ficar comigo lá no quarto. Vamos fazer um barulhinho, vamos?

— Eu não posso. A semana do Progresso começa depois de amanhã, e ainda falta um montão de coisas para eu resolver. — expliquei, me afastando de seu abraço. — Sinto muito, Vi, a casa vai ter que continuar bem quieta.

A mesma suspirou, e se apoiou na mesa, irritada.

— Eu vou "dar na cara" do Jayce. — ela declarou, cruzando os braços. — Ele e essas ideias toscas dele estão fazendo minha namorada não querer transar comigo!

— Não é que eu não quero, Vi. Eu não posso. E você não vai "dar na cara" de ninguém.

Ela virou o rosto. Olhei para a mesma com pesar, e comecei a coçar meus olhos.

— Quando isso acabar, a casa vai ficar muito barulhenta, 'tá? — me levantei indo até a mesma e a dando um rápido selinho. Rápido mesmo, para não a dar esperanças.

No entanto, Violet não sorriu para mim. Ela apenas assentiu com a cabeça e foi embora para o quarto. E eu voltei a trabalhar.
Não sei por quanto tempo eu fiquei trabalhando, mas foi tempo suficiente para que eu caísse no sono.
O sol já havia se levantando quando eu acordei. Eu havia dormido ali mesmo, na sala, com a cabeça apoiada nos braços. Percebi que Violet havia me coberto durante a noite.
Ela não estava mais em casa, já havia ido trabalhar. Então, tomei um café da manhã, me arrumei rapidamente e fui trabalhar.
Chegando na delegacia, Violet também não estava lá. Provavelmente deveria estar fazendo sua patrulha pelas ruas.
Fui para minha sala, e depois de horas no trabalho, a porta foi aberta. Era Mel, toda contente com provavelmente mais uma tarefa para mim.

— Como você está, Caitlyn? — ela me perguntou, se sentando na mesa logo após me cumprimentar.

— Eu estou ótima, e vocês dois? — brinquei. A mesma riu, passando a mão na pequena barriguinha que já ganhava formato.

— Estamos bem também. — ela confirmou. — Enfim, você já deve estar imaginando porque eu vim aqui, não é?

— Sim. Sobre a Semana do Progresso? — questionei.

— Você sabe, Caitlyn, vem muita gente de fora para Piltover no Dia do Progresso, e agora, recebemos a notícia de que haverá uma visita de última hora. — ela começou dizendo. — Demacia dessa vez vai enviar somente um membro da família Crownguard, que são responsáveis pela segurança do rei. Eu diria para você não se preocupar, mas, Luxanna é nova. Bem nova para estar representando uma nação inteira.

— Mel, eu não estou entendendo o que você quer dizer. — coloquei

— Enfim, eu preciso de alguém para garantir a segurança dela. — anunciou. — Um Defensor também. Eu até pensei em pedir ajuda da minha mãe, mas... Não acho que soldados noxianos iriam garantir a segurança de uma garota de Demacia. Não precisa ficar com medo, a Lux é um amor. E então, o que acha?

Fiquei em silêncio por um tempo, e apoiei o queixo nas minhas mãos.

— Acho que sei quem pode ajudar, Mel.

~~~

— VOCÊ SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA COMIGO, NÃO É?! — Violet esbravejou. Nossa sorte é que já era de noite, boa parte dos outros Defensores já haviam ido para suas casa, quase ninguém iria ouvir os berros dela.

Soltei um suspiro, massageando a testa com os dedos. Eu sabia que ela iria reclamar, mas era a única opção.

— Você é um dos Defensores mais qualificados, Violet...

— Qualificada em quê? — questionou, irritada. — Em cuidar de uma adolescente estrangeira?

— Ela não é nenhuma adolescente, já tem dezenove anos. — rebato, cruzando os braços. — Violet, ela vai representar um país inteiro. Qualquer coisa que acontecer com ela pode ser uma ofensa séria para Demacia. Por favor, Vi, só por dois dias.

Vi respirou fundo, parando para pensar um pouco. Ela suspirou, caminhando até o outro lado da mesa, afim de ficar mais próxima de mim.

— Tudo bem. — ela confirmou, passando a mão na minha cintura. — Eu vou fazer isso, mas só porque você acha que eu devo.

Abri um sorriso, pondo a mão na sua bochecha.

— Obrigada. — agradeci, a dando um beijinho. Ela retribuiu com outro beijo.

Mas o seu acabou por sendo mais longo, mais firme, como se Violet precisasse disso para viver. Eu sabia que não deveríamos estar nos beijando daquele jeito no local de trabalho, mas não é como se nunca tivesse acontecido alguma vez. Vi cravou suas mãos na minha cintura, me trazendo para mais perto de si.

— É melhor irmos para casa logo. — eu disse, quando paramos de nos beijar para respirar. As coisas estavam indo à um ponto que eu sabia muito bem onde iriam acabar.

Ela deu uma risadinha, abrindo espaço na minha mesa. Vi me virou de costas e apoiou-me na mesa de forma bruta. Tomei um susto, segurando a beirada da mesa.

— Pra quê? — ela perguntou, aproximando seus lábios do meu ouvido. Soltei uma arfada ao sentir uma das mãos de Vi tocando minha intimidade entre a calcinha, enquanto a outra tentava se livrar da minha saia o mais rápido possível. — Sempre foi meu sonho te colocar essa mesa super bem arrumada e te foder aqui mesmo. Por favor, Cupcake, estou sendo boazinha com você cuidando da tal Luxanna. Seja boazinha comigo também, e me deixe te possuir.

Fiquei em silêncio por alguns instantes, prendendo um gemido ao ver ela fazendo minha saia descer até o chão.

— Violet... Só hoje.

Ela sorriu, maliciosa.

— Obrigada, Cupcake. Não vai se arrepender disso.

Trato é TratoOnde histórias criam vida. Descubra agora