Twelve

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Vi's POV

O hoverboard de Ekko pousou no chão, e ele abriu a porta de sua casa. Olhei ao redor em busca do cara que tinha levado Caitlyn, pois ele tinha avançado na nossa frente a mando de Ekko.

— Não se preocupe, ela vai ficar bem. — disse ele, com o intuito de me animar.

Não respondi, apenas esbocei um sorriso. Entrei no esconderijo dos Fogolumes e fiquei sentada num canto do pátio.

— Violet! — a irmãzinha de Scar, o amigo de Ekko, falou enquanto vinha na minha direção.

— Olha só para você, virou uma mocinha! — falei, pegando aquela pequenina no colo.

Quando eu e Powder nos separado definitivamente, ela era só um bebezinho. Incrível como havia crescido tanto naqueles últimos anos. Ekko havia criado literalmente uma resistência para dar a crianças como ela um futuro melhor. Ele era um herói.
E eu? Acho que na primeira oportunidade de meter o pé dali, eu a agarrei.

— O seu uniforme é tão legal! — comentou ela, passando a mão em alguns broches da farda.

Olhei para cima, e lá estava o Chefinho na varanda da sua casa, me chamando.
Mandei ela ir brincar com os outros e fui até o mesmo. Por alguns instantes, ficamos apenas olhando as coisas lá de cima.

— Que história é essa dos barões querendo usar a minha irmã? — perguntei de repente, apenas para puxar um assunto.

— Não é óbvio, Vi? A Jinx tem um arsenal de armas com uma alta potência. O estrago que eles podem causar com as bombas dela é sem limites. — explicou ele. — Sem contar com a força sobre-humana que ela conseguiu com a Cintila.

— ... Tem razão. A Jinx ajudaria muito eles.

— Sim, mas ela gosta de fazer bagunça por si só. — continuou ele. — Eles tem que ter argumentos muito bons para convencer ela por bem. Ou podem fazer isso por mal...

— Ekko, por favor, não me conte essa parte. — interrompi, com pesar. — Não quero imaginar isso.

Ele me olhou com pena, e voltou seus olhos novamente para as crianças.

— Você virou defensora por causa dela, não é?

— ... É. — confirmei. — Eu não consigo imaginar ela sendo presa, eu achei que é o mínimo que posso fazer por ela... Depois de tudo.

— Vi, ela machucou muita gente. — comentou ele. — Eu sei que é da sua irmã que estamos falando, mas ela precisa pagar. Você não vai conseguir passar a mão na cabeça dela para sempre, uma hora, eles vão querer ir atrás dela com tudo.

— Eu sei, eu sei! — coloquei a mão na testa. — Mas é difícil, a imagem dela sendo levada para Aguamansa me machuca...

Ele suspirou.

— E no dia que ela passar de todos os limites, o que você vai fazer? — perguntou. — E no dia que ela, sei lá, matar a xerife?

Olhei para o mesmo surpresa. Não era possível, Ekko sabia?!
Ele continuou:

— Eu vi, Violet, no dia em que a xerife foi supostamente envenenada. Você entrou em Zaun atrás da Jinx cheirando a ódio. — falou ele, seriamente. — Por um momento, eu jurei que você iria matar ela. Eu não sei se você percebe, Violet, mas o que você sente por aquela piltie está mais forte do que seus sentimentos pela Powder.

— Ekko!

— É verdade sim! Não adianta negar! Um dia, você vai se arriscar por ela sem pensar duas vezes e está na hora de você aceitar isso!

Trato é TratoOnde histórias criam vida. Descubra agora