Thirty Three

628 58 22
                                    

Caitlyn's POV

Haviam se passado algumas semanas, Violet havia voltado a sua vida normal e eu também, pois não era como se fosse o fim do mundo eu ser namorada de alguém que tem laços familiares com uma assassina. Agora, eu poderia aproveitar para voltar ao meu principal plano: pedir Vi em casamento.
Parecia que eu passava o dia todo pensando no domingo, o dia em que eu havia marcado com meus pais e Jayce para um "almoço comum" que na verdade, seria uma grande surpresa para minha amada Vi.
No entanto, mesmo que eu estivesse indo para a casa de meus pais almoçar junto com Vi naquele dia, aquela era só mais uma quinta-feira com muita neve.
Ou pelo menos era o que eu pensava.
Durante todo o almoço, eu conversava tranquilamente com meus pais, como em todos os nossos almoços junto. Mas, naquele dia, Violet estava incrivelmente quieta. O que era estranho, pois ela não estava assim pela manhã. Muito pelo contrário, Vi estava tagarela como sempre.

— Os dias vem sido agitados na delegacia? — minha mãe me perguntou.

— Ultimamente as coisas tem sido mais calmas, logo, eu e a Vi estamos começando a ter mais tempo livre. — foi a minha resposta. Olhei para minha namorada, ela estava comendo normalmente. Talvez só ouvindo a conversa, ou a ignorando. Segurei a mão dela, e a mesma voltou seus olhos para mim. — Não é mesmo, querida?

— Ah, sim. — ela falou, rapidamente. — Claro que sim...

Ela ficou quieta por alguns segundos, olhando para seu prato. Mas de repente, voltou a falar:

— Na verdade, eu tenho uma coisa para pedir para vocês, senhor e senhora Kiramman.

Meus pais se olharam confusos, eu também estranhei aquela fala de Vi. O que ela iria querer com meus pais?

— Claro, pode dizer. — afirmou meu pai, sorrindo.

— Certo. Eu não sei como falar isso então, eu acho que vou direto ao ponto: eu quero me casar com a filha de vocês. — ela declarou. Enquanto nós olhamos para ela surpresos, ela estava com um sorriso largo no rosto.

Mas minha mãe não conseguiu compartilhar desse sorriso. Na verdade, ela fez uma expressão desapontada.
Meu pai deu uma gargalhada de nervoso.

— O que foi? — Violet questionou, sem entender nossas expressões.

— Vocês duas estavam armando isso, não é? — minha mãe falou, indignada. — Já haviam se pedido em casamento há muito tempo e mentiram para a gente para contar a notícia, não é?!

— Do que ela está falando? — Violet perguntou, olhando para mim. Ela claramente estava perdida como um cego num tiroteio.

Eu confesso que não consegui falar de imediato, estava muito surpresa com a ideia de que Violet também estava planejando me pedir em casamento. E isso me encheu com uma felicidade que me deixava sem palavras.

— Vi, isso é sério? — eu disse, sorrindo emocionada.

— Por que eu não estaria falando sério?

— Vi, era eu quem estava planejando te pedir em casamento!

A mesma ficou boquiaberta ao ouvir aquilo, mas seus olhos estavam brilhando. Ela então sorriu, e tirou uma caixinha vermelha do bolso, a abrindo logo em seguida para mostrar as alianças.
Ela realmente estava mais adiantada do que eu, já havia até mesmo providenciado os anéis.

— Então, você aceita casar comigo? — ela perguntou. — Por que eu aceito o seu pedido, mesmo que você não tenha o feito.

Sorri para a mesma e a dei um beijo.

— Sim, eu aceito sim.

~~~

— Então, nós todos nos preparamos para nada? — Jayce concluiu, com Abigail no colo. Após saber da notícia, ele foi com a esposa e a filha para a casa dos meus pais.

Dei uma risadinha, enquanto estava sentada no sofá, com Violet ao meu lado. Meu pai estava na poltrona lendo, e minha mãe havia saído para outro cômodo.

— Bem, não foi culpa minha, Violet conseguiu ser bastante discreta.

Mel deu um sorriso, e comentou:

— Mas estou começando a achar que sua mãe está certa, Caitlyn, vocês duas já tinham se pedido em casamento e armaram tudo isso para contar a notícia!

— Sei que pode não parecer, Mel, mas a Violet me surpreendeu hoje tanto quanto surpreendeu vocês. — foi a minha resposta.

Jayce e Mel continuaram falando, mas eu não dei ouvidos. Senti uma mão passeando por minha coxa.
Eu estava de calça, mas mesmo assim, senti um arrepio correr pelo meu corpo. Olhei para a responsável por aquilo — isto é, Vi — e a mesma me fitou séria.
Sabia muito bem o que aquilo significava, então, me levantei do sofá e anunciei:

— Preciso ir pegar algo na minha bolsa. — e comecei a subir as escadas, pois havia deixado minha bolsa no meu antigo quarto.

No meio das escadarias, escutei Violet dando uma desculpa para se levantar e ir atrás de mim.
Assim que chegamos no quarto — ainda do mesmo jeito que eu deixei —, tranquei a porta, e logo minha noiva me puxou para um brusco beijo.
Vi me prendeu na parede, enquanto se agilizava para tirar minhas roupas, o que eu também fazia. Quando já estávamos apenas de roupa íntima, convenci a mesma a irmos para cama.
Violet me colocou deitada na cama, ficando sobre mim. Sua destra foi descendo até minha calcinha, a ultrapassando e começando a me tocar. Um gemido quis sair, mas eu segurei. Não queria fazer barulho enquanto meus pais e a família do Jayce estavam lá embaixo.

— Sabe de uma coisa, Cupcake? — ela falou, enquanto continuava me tocando.

— O quê?

— Eu te amei desde a primeira vez que te vi tirar aquela máscara. — ela se aproximou do meu pescoço e deixou ali um beijinho. — Quando nós fizemos pela primeira vez, eu pensava que nunca iria passar daquilo. Pensei que nunca você amaria do mesmo jeito que eu te amo, mas olha nós duas aqui, estamos noivas. Você vai ser minha esposa, e eu vou ser a sua esposa. Se eu dissesse isso para a Violet de três anos atrás, ela nunca acreditaria.

Abri um sorriso, e puxei seu rosto para que ela olhasse para mim. Quando ela me olhou, senti meu corpo todo derreter.
Lembrei do jeito que ela me olhou quando nos conhecemos, do jeito que ela me olhou na nossa primeira vez e principalmente no dia do casamento do Jayce e da Mel. Eu tinha que retribuir aquele olhar.
Eu iria olhar para ela assim no altar, quando chegasse o dia.
Queria poder dizer tudo isso para ela, mas não consegui falar muito, só disse três palavras:

— Eu te amo.

Ela sorriu, e me beijou.

— E eu mais, Cupcake.

Trato é TratoOnde histórias criam vida. Descubra agora