Thirty

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Jinx's POV

Eu sempre jurei que os pilties tentavam sempre fazer o impossível para que eu aprontasse o mínimo possível no amado Dia do Progresso deles. Mas então, chegou aos meus ouvidos que, naquele anos, seria uma SEMANA DO PROGRESSO.
Pareceu até ser um presente para mim, e eu tinha que retribuir! E já sabia exatamente como.
Minha cara irmã mais velha Violet estaria no hotel mais famoso de Piltover, à serviço, claro. Pelo que parecia, a irritante xerife Caitlyn estaria indo para lá assim que terminasse seu turno. Para ficar com ela, claramente fazendo aquelas coisas nojentas que as duas fazem — eu tenho ânsia de vômito só de pensar!
Mas eu não podia deixar aquilo ficar assim. Assim que tive a oportunidade, entrei por uma das janelas dos quartos do mesmo andar que Vi e a xerife estavam. Estava um pouco escuro, mas nada que pudesse me impedir.
Ou talvez pudesse, porque eu acabei não vendo a mala gigantesca no meu caminho, e acabei caindo feito uma banana podre.

— MAS QUEM FOI O FILHA DA PUTA QUE COLOCOU ESSA PORRA NO CHÃO! — gritei, irritada, enquanto me levantava.

Foi então que as luzes foram acesas. Apontei Fishbones na direção da cama. Tinha uma garota loira muito linda sentada ali. Provavelmente havia acabado de acordar. Olhei rapidamente para a mesma. Parecia ser de Demacia.
Eu estava ciente de que o serviço de Vi era ficar de olho numa garota demaciana...

— Você é a Luanna Crownguard? — questionei, sem me lembrar do nome que Vi me falou.

Ela olhou para os lados confusa.

— Não conheço nenhuma Luanna.

— 'Tá, que seja. — eu falei. — Só fica de bico calado enquanto eu faço meu trabalho.

— ... Que tipo de trabalho?

— Não é da sua conta. — rebati secamente, abrindo a porta e jogando uma bomba no quarto da frente. Por causa do barulho, a garota tampou os ouvidos e gritou assustada. — Prontinho!

Comecei a ir até a janela dando pulinhos, mas então a Crownguard pisou em uma das minhas tranças propositalmente. Caí no chão novamente. Me virei para a mesma irada.

— Ô, dona Luanna, você 'tá ficando maluca, não é?! — falei, me virando para mesma. Olhei para aquela filha de mauricinhos estrangeiros com sangue nos olhos, mas aquilo não pareceu a abalar.

— Primeiro, meu nome é Luxanna Crownguard! E se você acha que vai ficar jogando bombas para machucar inocentes para depois esperar que eu vou deixar você ir embora impune, está muito enganada! — alertou ela.

Dei uma alta risada.

— Jura? E como a senhorita Luxanna pretende me parar?

— Você mal perde por esperar para quando eu chamar a Vi! — ela falou, sorrindo triunfante para mim.

Comecei a juntar as peças.
Violet estava dando uma de babá para cuidar de uma jovem de Demacia. Que, à essa altura do campeonato, só poderia ser essa loira chatonilda.
Se eu fizesse alguma bagunça que envolvesse essa garota... Eu poderia chamar a atenção de Vi! Ela com certeza viria correndo na hora, e já faz um tempo que estava morrendo de saudades da minha irmã.
Sorri para mesma.

— Você acha que ficar chamando sua Defensora-babá vai resolver todos os seus problemas? — perguntei, me levantando. — Muito bem, vejamos se ela consegue resolver... Isto!

Agarrei a garota pelas pernas e a coloquei sobre meus ombros, indo em direção a janela. De imediato, Luxanna começou a gritar, e aqueles gritos irritantes dela iriam chamar a atenção dos Defensores. Logo, eu consegui fugir do hotel antes que alguém entrasse no quarto.

— Aonde nós estamos? Aonde nós estamos?! — gritava ela, quando já havíamos chegado em Zaun.

— CALA BOCA, NÃO É DA SUA CONTA! — eu gritei de volta.

Eu estava começando a me arrepender de ter trazido aquela garota comigo. Ela gritava feito uma criança birrenta no meu colo, e isso fazia as pessoas ficarem me olhando torto e provavelmente se perguntarem o que eu estava aprontando dessa vez.
Mas foi então que, mesmo pela noite, uma luz gigantesca apareceu no meu rosto. Eu me assustei, e acabei caindo no chão. Por alguns instantes fiquei cega, mas felizmente minha visão voltou ao normal. E logo percebi que a loira irritante havia fugido.

— Ei, cadê aquela menina?! — me levantei, olhando ao redor. As ruas estavam cheias, era bem fácil uma pessoa se esconder por ali. — Mas que droga!

Tive que passar a noite inteira atrás daquela criatura infeliz, mas então a encontrei. No Última Gota.
Luxanna estava numa mesa, sentada com uns outros caras. Ela tinha um copo gigante de cerveja na mão.
Só pode ser sacanagem comigo. pensei, indo até a mesma.

— VOCÊ FICOU MALUCA?! O QUE VOCÊ ACHA QUE ESTÁ FAZENDO AQUI?! — perguntei, irritada.

A mesma apenas olhou para mim, e riu. Ótimo, estava bêbada.

— Eu estou apenas me divertindo. Com meus amigos. — ela falou, se virando para aquele bando de cachaceiros. — Não é mesmo, pessoal?

Os outros, também bêbados, concordaram.

— Que seja, a festa acabou por agora! — eu falei, agarrando o braço dela. E a levando para fora do bar. — Você está me dando trabalho demais! Já chega, cansei de você! Eu vou ligar para a Violet vir te buscar, você é impossível!

— Você é fofinha irritada. — falou a mesma, ainda rindo.

Assim que chegamos na minha casa, eu peguei o velho telefone para ligar para Vi. A mesma estava deitada na minha cama, brincando com seus poderes. Sim, para piorar, essa menina ainda era maga. E aquela hora em que eu quase fiquei cega, foi por culpa dela.
Felizmente, Violet atendeu:

Alô?

— Vi, sou eu. Encontrei uma riquinha aqui em Zaun e ela estava dando problemas para todo mundo e, principalmente, para mim. Vem buscar ela, AGORA! — eu falei, em desespero.

Ah, então você achou a Lux? Que ótimo. Pode deixar, vou agora mesmo buscar ela!

A mesma desligou.
Lux. Por que a Vi chamaria essa menina de "Lux"?! Espero que essa imunda não pense em tomar meu lugar de irmã mais nova! pensei, indo até minha cama.
Me sentei do lado da mesma, e fiquei olhando as horas passarem pelo relógio. Violet estava demorando mais do que o normal!
Foi então que a ""Lux"" começou a falar:

— Uma menina bonita que nem você deveria vir comigo para Demacia. — comentou.

Olhei torto para ela.

— Ficou louca? Não vou a lugar nenhum, muito menos com você. — disse, virando o rosto.

— Tá se fazendo de difícil, é?

— Difícil nada! Estou sendo óbvia: nunca que eu iria para outro com uma garota que eu nem conheço!

— Ah, você quer me conhecer então? — ela perguntou, dando risada. — Então, deveríamos trocar cartas!

Garota, eu te sequestrei, e agora você quer trocar cartas comigo?! Droga, então essa deve ser a tal Síndrome do Estocolmo. pensei.
Mas felizmente, alguém bateu na porta.

— Ótimo, deve ser a Vi! — falei, indo para o andar de baixo.

E era mesmo a minha irmã.

— Cadê ela, Powder? — perguntou.

— No meu quarto, pelo amor de Deus, leva ela logo, ou eu vou começar a considerar trocar cartas com ela.

— ... Cartas?

— É uma longa história. Agora vai, leva!

— Certo, se você insiste!

Trato é TratoOnde histórias criam vida. Descubra agora