Capítulo 15 - ATENTADO?

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 O delegado está sentado no escritório quando a janela atrás dele se quebra. Ele, mais do que rapidamente, salta para a frente se protegendo com a mesa. Quando tudo acaba, ele já de revólver em punho, observa que era apenas um galho que se soltou. Ou teria sido solto?

- Chicão, corra até a sala de jantar e veja se alguém não está lá – grita ele – Eu irei em seguida.

João Alves vai até a janela e não vê nada, nem mesmo um vento que pudesse explicar a suspeita queda do galho. A chuva está mais fraca. Depois de examinar a janela, vira-se e segue para a sala de jantar.

- Chicão, todos estavam aqui?  - pergunta o delegado ao chegar na sala.

- Sim, chefe. Menos Berenice, é óbvio.

- Vocês não viram nada? – pergunta João Alves.

- Aqui nada aconteceu – responde James.

- Eu não sei porque, mas sinto que alguém esta querendo me matar – ironiza o delegado de polícia.

João Alves continua falando:

- Como a chuva já diminuiu, eu suponho que possamos procurar Berenice lá fora. Chicão, Mário e James, vocês podem ir?

- Sem problemas – eles respondem.

Eles vão e João Alves transfere o interrogatório para a lareira, chamando Antônio.

- Há quanto tempo o senhor trabalha para Laura?

- Pouco tempo. Alguns meses.

- Notou alguma pessoa estranha na casa no dia do crime?

- Não. Ninguém que fosse de fora da casa.

- E algum acontecimento diferente?

- Sim. Dona Laura tinha recebido um telefonema e estava muito nervosa. Depois ela me pediu que eu ficasse preparado, pois ela iria precisar de mim.

- E precisou?

- Não.

- Ela não falou nada de quem era no telefonema?

- Não.

- Nem a causa do nervosismo?

- Também não.

- Por esse pouco tempo nesse emprego, você não poderia ter sido contratado pelo futuro assassino para ajudá-lo no serviço?

- Não. Isso é impossível. Mesmo porque foi a própria Dona Laura que me contratou.

- Está certo. Qualquer coisa a mais, eu chamarei. Pode ir. Obrigado, Antônio.

Enquanto isso, no jardim, Chicão, James e Mário continuam as buscas por Berenice.

- Mário, será que ela não poderia estar aqui? – pergunta James olhando para um lado do jardim.

- Mário?? – estranha Chicão.

Mário não tinha respondido e os dois notam que ele havia sumido.

- Onde será que ele está? – pergunta James.

- Mário! Mário! – chamam os dois.

Como realmente não foram respondidos, decidem voltar e comunicar ao delegado. Antes disso, um pingo d'água cai e apaga a chama da vela. Ao entrar no casarão, eles já informam:

- O Mário sumiu!

- Outro! – exclama Nylza.

- Como? – pergunta Hélio.

- Não sabemos. Nós andávamos pelo jardim e ele nos seguia. Depois ele simplesmente desapareceu – responde James.

- Delegado... – se antecipa Chicão.

- Eu já ouvi – interrompe João Alves chegando na sala – Eu tinha falado para vocês não se separarem muito. Agora é tarde demais.

- Mas...

- Sem explicações, Chicão. Já aconteceu.

- Será que não foi ele que fez o atentado na janela com o senhor?

- Como Chicão! Ele não estava aqui com todos no momento?

- É. Tinha me esquecido.

- Não esqueça. Pense. Antes de continuarmos o interrogatório, eu quero explicar algumas coisas aos senhores. Assim todos saberão em quem podem confiar daqui para frente.

Simplesmente uma morte?Onde histórias criam vida. Descubra agora