Capítulo 19 - BERENICE ACHADA

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Na casarão, os acontecimentos continuam:

- Que noite, fria! – exclama Nylza.

- Realmente está ficando muito frio – conclui Hélio.

- Agora seria ideal um bom vinho tinto – fala Luiz, um grande conhecedor de vinhos.

- Luiz vai até o bar e não encontra nenhum vinho. Então, ele pergunta para James:

- James, onde estão os vinhos desta casa?

- Na adega, senhor.

- Então, o que estamos esperando? Eu vou até lá.

- Não é necessário, senhor Luiz. Eu posso ir sozinho mesmo.

- Mas eu mesmo quero escolher – insiste Luiz.

O delegado, percebendo algo suspeito, se oferece a ir também. Assim, os três vão até a adega com velas novas. Chegando lá, Luiz começa a verificar qual seria o vinho escolhido. São estantes e estantes cheias de vinhos.

- Achei! É esse que eu quero! – diz Luiz radiante.

Mas no mesmo instante, ele encosta em algo. Ao iluminar com a vela, ele nota que se trata de um corpo.

- Delegado! – grita ele.

- Já sei. O senhor achou o vinho.

- Não, não é isso! Eu achei o vinho e algo a mais. Suspeito que seja um corpo!

- O quê???? – pergunta o delegado correndo para o local da descoberta.

O delegado se abaixa e com ajuda de velas, examina o objeto e grita:

- É Berenice!

- Está morta? – pergunta Luiz.

- Não, apenas desmaiou.

Os dois a levam para a sala de estar com a ajuda de James. Ao ver a movimentação lá, o doutor pergunta:

- O que houve?

- Achamos Berenice!

Um espanto geral na mesa de jantar.

- Acharam! – berra Thais.

- Ela ainda está desacordada – comenta o delegado – Doutor, veja o que pode fazer, por favor.

- O médico passa a medicá-la. Meia hora se passa e nada modifica o estado de Berenice. Mas, de repente ela desperta e fala:

- Onde estou?

- Aqui na sala – responde o delegado.

- O que aconteceu?

- Você estava amarrada na adega.

- Na adega?

- É, lá mesmo.

Berenice fica um pouco em silêncio pensativa e depois fala:

- Eu sei quem matou Dona Laura.

Antes que ela falasse, a pessoa em questão solta um olhar fatal em direção a ela. Isto significa que se ela falasse quem era, ela também morreria.

- Quem é? – pergunta o delegado entusiasmado.

- Não, na verdade eu ainda estou meio atordoada com tudo isso. Eu preciso descansar.

- Deixemos ela repousar então. Mais tarde ela dirá o que aconteceu – diz o doutor.

- O que aconteceu com ela? – pergunta Tereza.

- A questão não é essa, mas sim quem fez isso com ela – reforça o delegado.

- Concordo, senhor – completa Chicão.

Simplesmente uma morte?Onde histórias criam vida. Descubra agora