Capítulo 26 - A APARIÇÃO

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Os homens voltam à saleta da piscina e Luiz pergunta:

- Descobriram algo?

- Por enquanto, nada – responde o delegado.

- Pode ter sido o vento – diz Guto.

O delegado toma a palavra:

- Bem, senhores. Acho que podemos ficar mais calmos agora já que ficou claro que não houve assassinato. Laura Salles se suicidou.

Os ânimos nem se acalmam quando o barulho da sala agora é mais forte.

- O caixão! – grita Aninha.

Todos saem em disparada em direção à sala de estar. Ao chegar lá. Não acreditam no que enxergam. O caixão está caído no chão e em cima dele um manto, uma luz branca com leves traços de Laura. Ao se comunicar, a entidade diz que tudo está errado, que nada tinha acontecido daquela forma.

- Mãe! – grita Aninha.

- Não foi assim! – a entidade diz.

- Fale comigo, mãe!

- Está tudo errado! Eu tenho que ir! Estão me chamando.

- Mãe! Por favor!

- Não posso. Eu tenho que ir embora.

- Fique mãe!

Desesperada, Aninha dispara em direção da luz branca. Ela atravessa a alma.

- Mãe!

A luz branca se condensa e de divide em duas. Uma sobe atravessando o teto e a outra volta ao corpo. Todas as velas se apagam e Thais grita.

- Ahhhhhh!!!!

Pouco tempo depois, algumas velas são acessas novamente por James. Mário e Guto recolocam o caixão no lugar.

- Eu não acredito nisso – diz Tereza.

- É um acontecimento – relata Luiz.

- Sobrenatural – completa Renata.

- Eu ainda não acredito – repete Tereza.

Todos estão pasmados. Afinal, Laura voltou e tentou explicar algo. Mas nesse instante ninguém tem condições de refletir sobre que Laura tentou dizer.

- Ai! Minha mãe! – chora Aninha.

- Eu acho que vou desmaiar – fala Thais um pouco antes de despencar no chão.

Hélio e Dr. Jairo colocam Thais no sofá. Logo depois, o doutor distribui calmantes a todos.

- Como isso pode ser possível, delegado?

- Não sei, Chicão. Só seu que eu nunca mais esquecerei desta noite.

- Eu continuo não acreditando – repete Tereza.

Com todos mais calmos, o delegado começa a pensar no fato. Laura queria dizer algo, porém não teve tempo. É verdade que os estrondos anteriores deveriam ser a alma tentando se comunicar. Na terceira vez, ela consegue aparecer, mas não teve tempo de explicar o que queria.

- Senhores, vamos ter que reabrir esse caso – diz ele – Vamos voltar para a saleta da piscina.

Todos se dirigem para lá.

- Esta aparição tem um significado muito forte, não acham senhores? – indaga o delegado.

- Com certeza – responde Guto.

- Isso mostra que estávamos menosprezando alguma coisa. Resta saber o que é?

- Talvez ela não tenha se suicidado – diz Nylza.

- Talvez James esteja mentindo – fala Berenice.

- Eu garanto que não – retruca James.

- Enfim gente, qual será a verdade realmente? Acho que voltamos para a estaca zero – diz o delegado desconsolado.

- E se esse grande mal não fosse uma doença – questiona o doutor – Ela poderia ter cometido um enorme engano.

- É uma boa hipótese, doutor.

- Exatamente. Poderia ter havido algum erro de exames no hospital que ela teria ido – reforça Hélio.

- Não! Para mim foi o James mesmo – se anima Chicão – Porque ele esconderia o bilhete?

- É isso!

- O bilhete! É nele que está a resposta!

Pela segunda e última vez, João Alves pensa com coerência na noite.

- Perfeito, delegado – diz Guto – A resposta só pode estar lá.

- Só nos resta achá-lo.


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