Capítulo 12 - QUEDA NA ESCADARIA

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 O delegado continua as investigações. Desta vez com Mário.

- Chicão, chame o jardineiro, por favor.

Quando Mário chega ao escritório:

- Muito bem. Fiquei sabendo que o senhor anda discutindo por aí. É verdade? – pergunta o delegado.

- O senhor está se referindo a minha discussão com a Dona Laura ontem de manhã? Sim, mas isso sempre acontecia.

- Não foi assim que me contaram, Mário.

- É. Na verdade desta vez eu resolvi enfrentá-la.

- Por quê?

- Eu cheguei no meu limite.

- E esse limite incluía uma morte?

- Não, de maneira nenhuma, delegado.

- Então era do quê?

- Ela me pôs na parede num momento ruim da minha vida.

- E qual é esse momento?

- Sinto muito. Mas é muito particular, senhor delegado.

- E em Laura, notou algo estranho ontem?

- Não. Pelo menos de manhã ela estava normal.

- Porque só de manhã?

- Eu só a vi de manhã.

Ele mal acabara de falar quando a casa inteira ouve um grito vindo da escadaria. Depois disso, alguns estalos opacos são ouvidos também.

É Rogério que vinha do quarto de Laura, rolando as escadas. Novamente todos vão ver o ocorrido, menos Berenice que continua trancada no quarto.

- Ai! Dói tudo, doutor – diz Rogério ao lado do Dr. Jairo que chegou para tentar socorrer o homem.

- Calma, Rogério – diz o médico – Tereza, por favor, pegue a minha maleta no carro – pede ele.

Como ainda chove muito, Tereza pede a James que traga a maleta. No carro do médico, antes de encontrar a mala, James acha um antigo revólver da Segunda Guerra Mundial. Mas sem dar muita importância ao fato, pega o que tinha que levar e volta para o casarão.

- Obrigado, James – agradece o Dr. Jairo ao receber sua maleta.

- Da nada, doutor.

O médico fala para Rogério:

- É só um curativo. Não vai doer nada.

Dr. Jairo então faz a atadura e Aninha pergunta:

- Papai, machucou muito?

- Não. Foi só um susto.

- Bem que eu disse que o Rogério estava sumido – diz Thais.

- É, você acertou – completa Renata.

Ânimos mais calmos e o delegado pergunta para Rogério:

- O que o senhor fazia lá em cima?

- Nada, delegado. Eu apenas fui ao meu quarto procurar uma coisa.

- Que coisa?

- Assunto pessoal. Por favor, não insista.

Simplesmente uma morte?Onde histórias criam vida. Descubra agora