Capítulo VIII

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Samantha

Ele é louco, só pode. Gritar comigo daquele jeito, sem motivo, e me mandar para o quarto como se realmente fosse meu pai. Isso foi um insulto a minha pessoa, se ele acha que pode realmente mandar em mim, vou provar o quanto está errado.

Biatriz me informou que ele me mandou ficar no quarto a noite toda e que haveria um segurança na porta me vigiando. Cara sem noção. Ando pelo quarto pensando em como contornar essa situação.

Andei até a janela e observei se era muito alto e se tinha alguém do lado de fora do palácio, do contrario que você pensa, sim sou determinada o suficiente para descer pela janela, mesmo que seja muito alta e de difícil trajeto.

Deixei ficar mais tarde e me arrumei, é agora ou nunca. Observei partes na decoração externa do palácio que eu poderia colocar o pé para descer e assim segui, descendo devagar para não ter perigo de cair. O que vocês devem estar pensando como ela consegue essas coisas?! É simples eu era escoteira, uma das melhores diga-se de passagem. Eu era craque subindo e descendo dos lugares, fazendo fogueiras e dando nós em cordas, essas coisas, nunca fugi de desafios sempre ia atrás de vencê-los.

Agora no térreo, andei com cuidado para passar desapercebida pelos seguranças. A escuridão da noite ajudou a camuflar minha fuga. Perto dos portões vi um dos caras de preto, peguei uma pedra consideravelmente grande e arremecei o mais longe. Como o esperado foi averiguar para ver do que se tratava, agora que a passagem estava livre me mandei o mais rápido que pude. Caminhei um pouco até chegar na cidade, agora vejo como é realmente muito linda, quando cheguei só pude vê-la por instantes, agora posso me prender a detalhes.

Continuo caminhando admirada pela estrutura arquitetônica dos prédios, monumentos e casas. Realmente muito bem planejada. Aah, esqueci de mencionar que apesar de amar dançar, antes de vir para cá tinha planos de cursar arquitetura. Dança é mais como um hobby. Arquitetura é uma de minhas paixões.

Percebo a fome que sinto e assim que vejo um boteco paro para uma refeição. Um bom e velho Hambúrguer com fritas e uma coca gelada. Já tinha até perdido a vontade de ir para a balada na verdade, fui mais para contrariar e mostrar que sou dona do meu nariz. Eu sei que pode até parecer uma atitude infantil da minha parte, mas poxa é justificável.

Se eu for parar para olhar, me meti em uma encrenca daquelas. O rei vai ficar muito fulo quando perceber que eu escapoli, se minha mãe estivesse aqui eu estaria me borrando de medo, preferia ver o diabo a enfrentá-la com raiva, mas ele não sei como vai reagir.

Já passou de meia noite, vou andar mais um pouco e depois eu retorno. Andei, andei, até me sentir cansada, então conclui que já era hora de voltar. O que eu não esperava é que eu não soubesse como voltar, eu andei tanto que me perdi. Senso de direção não é muito o meu forte. Ain eu tenho um forte em me meter em errascadas.

Definitivamente não sei como se volta, tentei refazer meus passos mas percebi que não havia vindo por ali. Me encontrava em uma região escura e meu sexto sentido apitou. PERIGO ADIANTE. Eu estava parada perto de um beco nada bonito, quando vi uns homens e suas caras não eram amistosas. Apressei o passo , quase corri para falar a verdade, e quando olhava para trás via que estavam me seguindo. O medo tomou conta de mim e comecei a agir no modo automático, eu precisava sair daqui o mais rápido possivel.

-Ei gracinha, para que a pressa? -um dos homens fala enquanto tenta me alcançar.

-Pois é linda só queremos companhia. -fala o segundo homem.

-Você é bem gostosa. - o terceiro homem interveio gargalhando.

A essa altura meu coração estava a mil, e com certeza a adrenalina já estava presente, pois minha mente estava divididas entre o medo e ideias que poderiam me ajudar a sair dessa situação. Uma vez meu pai ensinou alguns golpes de defesa pessoal, eu poderia lidar com um com muita dificuldade, mas eram três eu não teria a menor chance.

Vejo que eles estão quase me alcançando quando um carro preto freia entre eles e eu, o clarão e a freiada brusca fizeram com que eu caísse no chão. Quando vi o clarão a primeira coisa que tinha pensado era que tinha morrido, mas logo cai em si. De dentro do carro sairam dois homens.

-Winston cuide deles. -ouvi o mais jovem falar.

-Ora o que temos aqui, uma princesa fujona.- Me ajuda a levantar e me puxa- Vamos.

Me livro de suas mãos.

-Vamos para onde?

-Para o Palácio oras.

-Não vou a lugar nenhum com um estranho. - se bem que todo mundo é estranho para mim aqui.

-Por favor não me dê mais trabalho entre no carro. -esbraveja.

-Não recebo ordens de estranhos e não vou entrar nesse carro. -Cruzo os braços.

-Senhor estou aguardando no carro.- fala Winston.

-Você ouviu, agora deixe de ser mimada e entre no carro.

-Não!

-Não me faça colocá-la a força.

-Você não é louco para fazer isso.

-Ah não. haha

Quando percebo já estou suspensa do chão, me debato para tentar me libertar mas é inútil, seus braços são fortes.

-Me coloque no chão seu idiota. -grito.

-Não, agora fique quieta.

Abriu a porta do carro e me colocou dentro e me fez colocar o cinto. Filho da mãe, ogro desgraçado. Fechou a porta e foi para o banco da frente.

-Winston para o Palácio, por favor.

Ele olha para o espelho do motorista e mostro o dedo do meio. E o idiota sorri. Vai me pagar caro por isso.

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Quem será esse jovem e Winston?

Como será o encontro entre a Sam e o Rei depois do ocorrido?

Respostas serão dadas no próximo capítulo.

Espero que tenham gostado do capítulo oito.

Não esqueçam de dar estrelinhas e de comentar.

Capítulo sem revisão.

Beijos,

Beca Gomes :* :) ♥ ♡

A Nova PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora