Capitulo II - As "Salva-bebês"

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P.O.V Kathlin

Domingo, 10:30 am.

Estamos "correndo" pq a Bárbara não aguenta nem 200m.

Eu vou caminhando mais na frente e ela tenta me acompanhar.

- Kath, tenho novidades!!

- Qual Babis?

- Lembra que do dia que eu te falei que iria ver se conseguia pra vc uma entrevista com a minha chefe no escritório?

Bárbara trabalha em um escritório de advocacia, o que foi ótimo pra ela, desde pequena eu escuto essa guria falar que quer ser advogada, então fiquei muito feliz quando ela conseguiu o que queria e começou a vivenciar o que ela quer fazer para a vida inteira e, entre nós: o salário é uma maravilha, R$ 1.000,00 para quem trabalha só 5 HORAS POR DIA!!

Não é todo dia que se acha uma oportunidade dessas.

- E então, conseguiu? Para de fazer mistério!!

- Siiiim, vai pode falar, eu sou uma amiga de milhões né?!

- Sério?! Não é trolagem né?
- Fiquei ofendida agora Kathzinha, você pensa isso mesmo de mim.

- Babis, você só faz trolagem comigo pra postar no seu canal, eu não deveria ficar nem um pouquinho desconfiada?!

- Vou dar o braço a torcer dessa vez, mas é o seguinte, não é para trabalhar no escritório de advocacia e sim no de psicologia, os dois são dela.

Tem isso também, a chefe da Babis é aquelas mulheres empresárias mas que passa sempre em um dos dois escritórios para ver como estão as coisas, mas ela só fala coisas boas da chefe, então não estou muito preocupada.

Além do mais, ser psicóloga é meu sonho de vida, as pessoas falam que psicólogos são as pessoas que mais tem problemas e por isso tentam resolver o dos outros. Se for assim, pode me dar meu diploma agora.

Do nada ela para e coloca a mão no meu braço, querendo me contar algo.

- Kath, amiga também tenho que te contar outra coisa, o Gabrie-

Do nada um carro preto freia rápido, de lá uma mulher desce do carro e deixa um bebê conforto na calça, entra no carro e vai embora.

Layla começa a puxar a coleira até lá nós duas vamos, encontramos um bebê, chorando, e junto com ele tinha uma mochila com roupas e um bilhete com informações da criança.

Peguei ele no colo e tentei acalmar ele, nunca gostei muito de criança, mas sinto uma sensação que tinha que protegê-lo.

- Amiga, o que fazemos?!

- Kath, o nome dele é Lucas e tem 9 meses, tem até o tipo sanguíneo dele.

- Amiga, o que mais tem, algum telefone pra ligar, qualquer coisa.

- Não, até parece que já queriam abandonar ele. Tipo já planejando alguma coisa.

- Babis, acho que ele tá com fome.

- Amiga, eu não trouxe nada, a gente foi andando e nem viu que já tava longe de casa.

- Olha, eu trouxe meu celular, pega e acha um mercado e paga no pix, vc sabe a senha. Vai rápido.

Passou uns 20 minutos e ela não voltava, comecei a ficar desesperada.

Quando eu vi uma Range Rover branca parar na rua e o Mc Paiva descer dela procurando alguém.

Já tinha escutado algumas músicas dele mas não conhecia pessoalmente.

Já tinha escutado algumas músicas dele mas não conhecia pessoalmente

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Ele me viu e veio até mim com uma cara brava e também preocupado.

- Garota, me dá meu filho. - Falou desesperado.

- Oi?! Como vou saber que é mesmo seu filho. Não vou entregar a criança pra qualquer um.

- Você sabe quem eu sou, maluca?

-Eu não me importo se você é o Snoop Dog ou o Bolsonaro, eu não vou entregar até ter uma prova.

- Eu tô me estressado CARALHO, daqui a pouco eu não vou ser tão educado.

Nisso eu vi a Bárbara chegando correndo e preocupada porque ele tava gritando muito alto.

Berrando pra ser mais honesta.

- Amiga, tava uma fila enorme no mercado mas vim correndo. Quem é você?! - Ela diz olhando pra ele.

- Eu sou o PAI DA CRIANÇA que a sua amiga não quer me entregar.

- Eu já falei, me mostra uma foto e eu entrego porra.

- Beleza, tá aqui a foto dele comigo. Serve?

- Aí aí quanto escândalo, era só mostrar uma foto, simples

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- Aí aí quanto escândalo, era só mostrar uma foto, simples.

- Garota, não me estressa mais ainda, já tive que aturar a mãe louca dele, que some com ele por causa da fralda.

- Me passa a criança, ele tá com fome, a mãe, se é que podemos chamar assim,levou ele antes de comer. - Falou.

- Eu sei, por isso falei pra Bárbara comprar comida pra ele. Se você não percebeu sua esposa largou ele no meio da rua.

- Chega disso, já tô indo.

Ele embarca na Range Rover e vai embora, nos deixando ainda em choque com tudo isso.

Doce Veneno - Davi PaivaOnde histórias criam vida. Descubra agora