Capitulo VII - O Beijo

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Sábado, 01:16 am.

P.O.V Kathlin

Eu tava nervosa pela proximidade dele quando ele me entregou o copo e como eu não sou boba já logo cherei a bebida.

Pior decisão, sério, não cherem tequila, dá merda.

Bom, além do fato de eu ser fã dele e pelo o que aconteceu no final de semana, eu tava super nervosa e curiosa sobre o que ele veio falar.

Quando ele me entregou o copo, ficou olhando pros meus olhos e pela minha boca, revezando, parecia até que tava ansioso e com vontade de me beijar.

O que é um absurdo, eu sei que não sou das mais feias que tem por aí, mas ele é famoso e fica com várias mulheres aí.

O que não falta é piranha.

Ele se sentou do meu lado no sofá enquanto eu tava em transe, ele me olhou de canto de olho e bebeu o copo cheio em 2 tempos.

- Seu primeiro show? - Ele perguntou com curiosidade, olhando nos meus olhos daquela forma que qualquer menina cairia no encanto.

- Sim, primeira vez que venho no seu show e já comecei bem. - Fui irônica

- Pô loira, aí vc me quebra! - Falou rindo - Mas eu gosto das difíceis.

- A Mari falou que tu queria conversar comigo. Era só pra me embebedar e me passar cantada pra transar comigo?!

Perguntei já puta, olha o gênio da gata aparecendo.

- Ela ta certa, quero agradecer por ter salvo meu filho e cuidado dele, me desculpa por ser um babaca, filho da puta e cuzão, eu tava preocupado com o meu pivete e descontei em vc. - Ele falou arrependido

- Fiquei pensando nisso a semana inteira e percebi que tu tava até preocupada com ele.

Falou de um jeito fofo, minha Agnes interior ficou gritando

- Você pensa? - Falei chocada e ele fechou a cara

- Mas sério, eu passei a semana putassa, porque o meu "ídolo" falou daquele jeito comigo. Mas eu entendo o seu lado, de proteger e tals, mas sério: não me trata mais assim.

- Não entendi esse idolo entre aspas mais relaxa, eu vou seu um gentilmain agora!! - Falou todo confiante.

- Um O QUE?!

- Aqueles caras gringos lá, os plebinhas educados e essas porra.

- Aah, um gentleman - falei bem debochada.

- Iii, tá se achando toda. Tu tem esse moral toda aí não fia.

Ele veio chegando perto e conversando , achando que eu não tava percebendo, fui indo pra trás e quando eu vi já tava na ponta do sofá.

Ele me olhou achando graça, olhou pra minha boca e me beijou.

Foi tão rápido que eu não tive nem tempo de raciocinar.

Ele afundou a mão no meu cabelo e com a outra colocou a mão na lateral de minha coxa, começou com um selinho e logo o beijo foi se tornando mais fervoroso e desesperado, ele pediu passagem com a língua e nosso beijo encaixou.

E PORRA!!! QUE BEIJO

Nós ficamos nos beijando até faltar o ar, eu me separei do beijo e fiquei olhando ele com um misto de choque com paixão e tesão.

- Paiva, o que que foi isso?

- Bebê, me chama de Davi.

- Davi, eu acho que tu bebeu demais e não sabe o que tá fazendo. Eu não sou qualquer uma pra tu ficar agarrando assim não querido.

Falei já puta da vida.

- Eu sei que tu não é qualquer uma e também, foi só um beijo maluca, não tô te pedindo pra casar comigo. - Relaxa. - Falou todo nervosinho e indo pro outro lado do camarim pegar mais bebida.

Eu levantei com ódio, peguei minha bolsa e fui abrindo a porta pra sair e ir embora.

Ele me viu saindo, me puxou pelo braço, me virou e me deu mais um beijo de língua.

Também cheio de emoção, consegui sentir o cheiro de maconha e de bebida dele, da primeira vez não senti pq tava tão chocada que nem parei pra pensar.

Retribui, lógico.

Ele parou o beijo, encostou a testa na minha e ainda de olhos fechados disse:

- Me desculpa ser grosso e descontar tudo em vc, mas parecia que vc tava brava comigo por ter vontade e te beijado. - Falou se explicando

- Eu não tô brava por vc ter me beijado, mas sim porque eu sei que tu não fica com uma mulher 2 vezes e eu não quero ser só mais uma na sua lista. - Falei.

- Não sou mulher de só ficar com os caras. - Já deixei o mais claro o possível.

- A partir da hora que vc salvou meu pivete, vc não virou só mais uma.

- Já tem um pouquinho do meu coração, mas não se iluda garota. - Falou dando risada e me dando um tapinha no braço.

Eu queria manter a minha cara de brava por mais tempo, mas esse jeito tão fofo dele de querer se explicar e pelo fato de eu nunca imaginar ele desse jeito, desmanchou assim que vi o sorrido lindo dele.

Sentamos de volta no sofá e agora ele com o braço em volta do meu ombro e me perguntando algumas coisas sobre mim enquanto fumava um baseado e bebia a Tequila.

Eu nunca tinha imaginado ele assim com uma mulher, achei que era ele mandar uma cantada, transar e mandar embora, como ele fala em muuuitas músicas (cof cof a maioria).

Conversamos até 2 da manhã quando eu falei que já estava tarde e precisava ir.

Meus pais não eram liberais ao ponto de eu chegar às 5 da manhã como muitos fazem, na verdade, nem perto disso.

Meu horário de estar em casa já tinha passado a 2 horas.

Ele falou que me levava mesmo eu insistindo pra ir de Uber, ele pegou o celular, a carteira e o baseado de cima da mesa e fomos no Audi dele, sim, quantos carros ele tem?!

Ele colocou "Ilusão" do Ret no som, acendeu o baseado e fomos no caminho pra casa conversando e as vezes cantando algumas músicas, num clima bom.

Foi bem diferente do cenário que eu tinha imaginado pra hoje, ele todo fofo, deve ser a maconha.

Ele parou na rua da minha casa e a gente ficou se olhando por um tempo.

- Tá entregue bebê, quando eu te vejo de novo? - Perguntou se encostando na porta do carro, já do lado de fora.

- "De novo?" Vc ta muito emocionado Mc Davi Paiva, olha que eu posto no Insta e acabo com tua pose de mau. - Falei rindo da cara de iludido que ele fez.

- Tenta gata, mas sério, gostei do nosso papo, quero te ver de novo e te conhecer.

- Me engana que eu gosto Davi, talvez vc possa me ver de novo.

Ele corta a distância entre nós, coloca as mãos na minha cintura e me beija.

Dessa vez foi diferente das outras, com carinho e com cuidado, como se eu fosse de porcelana.

O beijo dele transmitia emoção e desejo, mas de forma tranquila e calma.

- Se cuida bebê, te vejo de novo amanhã. - Falou já entrando no carro

- Que emocionado vc, achando que eu quero sair com tu de novo. - Falei me encostando na janela dele que tava aberto

- Me testa pra tu ver se eu não venho te buscar aqui 7 da noite e te arrasto pelo cabelo. - Falou rindo e me roubando um selinho.

- Até amanhã! - Falei e entrei pelo portão, ele esperou eu entrar e foi em bora.

Doce Veneno - Davi PaivaOnde histórias criam vida. Descubra agora