Capítulo XXII - Aparição

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Domingo, 9:30 a.m

P.O.V Kathlin

Saí do quarto rindo pro nada, toda bobinha, ele me surpreendeu muito ontem.

Achei que quando eu falasse pra ele que eu não sabia nem fazer um boquete ele ia ficar decepcionado ou chateado.

Mas não, pelo contrário, ele teve toda a paciência do mundo pra me ensinar e como eu não nasci ontem fui tentando dar o maior prazer pra ele que eu podia e me dar também.

Foi foda ver ele gozando e gemendo com a voz rouca dele, o melhor ainda foi acordar com ele.

É... tive a certeza ontem que nenhum cara faz eu me sentir que nem ele faz.

Confesso que queria que ele me pedisse em namoro, não sou de ficar me prendendo com relacionamento mas por ele eu abriria uma exceção.

Tava chegando na sala quando vi o Lucas brincando com os brinquedos dele e assistindo TV, quando ele me viu largou os brinquedos e abriu os bracinhos pra mim.

Eu corri até ele e peguei ele no colo e enchi de beijos, ele soltou uma risada gostosa e me olhou com a cara de sapeca dele.

- Como você veio parar aqui meu amor?

Perguntei mais pra mim mesma do que pra ele, ele ainda não fala, só dá uns resmungos.

- QUEM É VOCÊ SUA DOIDA?! LARGA MEU FILHO, SUA VADIA!! - Veio correndo surtada e tirou ele dos meus braços me arranhando no processo.

Eu já fiquei puta e o Lucas começou a chorar.

- Do que você me chamou? - Falei tentando manter a minha voz calma mas acho que não tava funcionando.

- ALÉM DE VADIA E FULHA DA PUTA É SURDA?! - Essa garota tá pedindo - SAI DA MINHA CASA VAGABUNDA! - Aaa não, já chega!

Gente! Quantas mulher esse filha da puta tem? Porra, ele tá achando que a vida é GTA?!

O Davi saiu do quarto bem na hora que eu ia dar uns tapas nela e ficou do meu lado, ele olhou ela com uma raiva que eu nunca tinha visto.

Caralho, ele tava muito puto, pelo visto queria matar ela. E essas horas a Layla queria grudar na canela dela.

Eu tava rindo por dentro mas com uma cara séria por fora.

- O que você tá fazendo aqui Camille? Na MINHA casa. - Falou o minha mais alto e foi nesse momento que ele percebeu que o Lucas tava chorando.

- Me passa o muleque. -

Falou já tirando dela e dando ele pra mim. Com um olhar de "vai pro quarto e cuida dele" eu concordei com a cabeça e fui.

- Tu vai saindo dando o meu filho pra qualquer vadia que entra na tua casa?

Tava escutando atrás da porta do Lucas que é do lado da sala e de frente pro quarto do Davi.

Me julguem, mais eu sou curiosa.

O sangue tava subindo e eu tava me concentrando em acalmar o bebê, que já tava um garoto pimposo, incrível como eles mudam de uma semana pra outra. Ele já tá quase andando.

E como ele me reconheceu dormiu rapidinho, lindinho ele, ao fiquei escutando a conversa.

- TU CALA ESSA BOCA PRA FALAR DA MINHA MULHER!! - Aí, meu coração ficou quentinho agora - TU NÃO TEM MORAL NENHUMA PRA CHEGAR NA MINHA CASA E XINGAR A MINHA MINA.

- SUA MINA?! SUA MULHER?! ESQUECEU QUEM É A MÃE DO SEU FILHO? CARALHO VAI ME TROCAR POR UMA CRIANÇA PORRA?!

Ela tava putassa e eu dei um sorrisinho do outro lado da porta.

Doce Veneno - Davi PaivaOnde histórias criam vida. Descubra agora