As formas de vidas nas distintas dimensões e suas formas de habitat, eram diferentes do que Strange já estava acostumado.
Enquanto caminhava pela floresta escura e úmida, lembrava-se da promessa que havia feito de salvar a vida do amigo. Mas agora ele sentia que além de salvar a vida do amigo, teria também de salvar a sua. Esse pensamento se tornou constante ao ver no céu avermelhado como a cor de sangue, uma criatura que levitava entre as bolas de magia que pairavam sob o ar.Otkid, o Deus do sofrimento tinha sua aparência como a de um homem extremamente alto. Seus tentáculos que estava em suas costas tinham a forma de faíscas de fogo.
Quando chegou mais próximo à ele,ainda sem ser descoberto, Strange notou em uma das bolhas que levitavam em volta do Deus, o vidro transparente com um líquido esverdeado, era o elixir. Sua magia logo notou que era o que tanto procurava.
Strange cautelosamente atravessou o que parecia ser um mar de lava e fixou de frente à Otkid, que se mostrou surpreso com a presença do mago ali.
-Quem em sã consciência teria a audácia e a burrice de pisar no meu lugar? Eu, Otkid, o Deus do sofrimento, terei prazer em ver a sua morte!
- E eu achando que iria conseguir o elixir só por pedir.
Stephen pensou alto. Fez um movimento com os dedos conjurando uma espada em suas mãos e foi para cima de Otkid. O mago faria de tudo para ter o que queria, sua viagem até ali jamais seriam em vão.
[...]
- Sabia que estaria aqui. O que está fazendo com a roseira?- Wong perguntou, chamndo a atenção de Wanda.
Ela estava de costas para a porta da sala onde Wong e ela usavam para suas plantações, já que era a única sala com uma claraboia que trazia a luz do sol para dentro do Sanctum .
Wanda movimentava seus dedos, vendo sua magia escarlate envolver a roseira, a fazendo abrir e fechar os botões de rosas brancas que estavam ali. Ela se divertia em fechar e abrir aqueles botões, ver o processo rápido da rosa já aberta sem nem mesmo estar no tempo para isso ainda.
- Eu deveria ter ido com ele. Ficar aqui esperando é muito ruim, me sinto uma inútil. - Ela desabafou.
Wong caminhou até ela e puxou o banco, se sentando ao seu lado.
- Ele vai voltar logo e estará bem. Mas entendo do que você fala, se algo acontecesse com ele...
- Nem pense em começar a se culpar, Wong. - Ela parou o que fazia e se virou para olhá-lo. - Acredite quando eu falo que lidar com a culpa é algo horrível. Você acha que está bem,até que vem um pensamento e acaba com tudo.
- Vamos mudar de assunto então. Eu tenho que ir ao Kamar Taj, tenho que supervisionar os treinamentos. Quer vir comigo?
- Não, prefiro ficar aqui. - Ela deu um leve sorriso. - Você está se sentindo bem pra ir até lá?
- Estou sim. América estará comigo, ficarei bem. - Wong se levantou e levou uma até seu ombro. - Não fique tão nervosa com a ausência de Strange, ele logo estará aqui.
Ela deu um leve sorriso e viu o mago sumir pela porta, voltando sua atenção para o pé de roseira que havia se recuperado muito bem da sua quase morte, quando estava com metade das folhas secas.
- Não vai começar a conversar com as plantas, ou vai?
Wanda se assustou ao perceber que James, o aprendiz que estava ficando no Sanctum há algum tempo, havia entrado na sala.
- Desculpe, não quis assustar você. - Ele deu um sorriso largo e deu alguns passos até ela. Diferente de muitos outros magos, ele era musculoso e parecia bastante vaidoso. Com os cabelos negros e barba para fazer.
- Não me assustou. Só não esperava que fosse falar comigo, eu sei como me olhar. Estava no Kamar Taj quando eu ataquei? - Wanda foi direta.
- Sim, eu estava. Você jogou uma bola da sua magia em cima de mim. - Ele deu uma leve risada. - Não vai jogar outra, não é?
- Ainda tô pensando nisso. - Ela disse se virando novamente para a mesa com a roseira, tirando alguns galhos que estavam secos.
- Acha que o Estranho vai mesmo conseguir a cura? - Wanda o olhou por um instante, enquanto ele correu em se explicar.- Embora o Sanctum seja extremamente grande, as paredes são finas. Acabei escutando a conversa de vocês algumas vezes. Nós no Kamar Taj estamos esperançosos com essa possibilidade de cura para nosso mago supremo.
- Vai dar tudo certo. - Wanda disse, enquanto via James se sentar no local onde antes estava Wong.
- Como convenceu eles de que havia mudado?
- James, não é esse seu nome? O que você quer comigo? Está há dias aqui e não falou comigo, agora está puxando assunto do nada.
- Ei, calma aí! Eu não tenho segundas intenções na minha pergunta. Nos corredores do Kamar Taj o seu nome ainda é muito falado, principalmente quando souberam que você estava aqui, no mesmo local que o mago supremo. Minha pergunta não passa de uma curiosidade, nada além disso, Feiticeira.
Wanda girou no banco, ficando de frente para ele. Seus olhos que agora tinham um leve tom escarlate, se fixou nos olhos castanhos do homem.
- Eu consigo entrar na sua mente, sentir seus pensamentos, não preciso nem que me diga quais suas intenções. Se estava lá quando eu ataquei, sabe como posso ficar quando me sinto ameaçada. - Wanda se levantou e caminhou até a saída da sala, deixando para trás o aprendiz com um sorriso no rosto.
Quando virava o corrimão das escadas para subir, viu um portal sendo aberto bem no topo da escadas e Stephen saindo do mesmo.
Seus lábios formaram um grande sorriso ao vê-lo bem ali na sua frente. Ela subiu rápida os degraus até chegar em Stephen, o envolvendo em um abraço apertado, sentindo ele passar os braços em volta da sua cintura à trazendo para mais perto.
- Você está bem? Stephen, olha o seu rosto!- Ela disse ao se afastar um pouco dele e olhar o corte profundo que estava no canto da sua boca até uma parte do queixo.
- Foi só um corte, ele ficou bem pior do que isso. - Stephen sorriu, levando as mãos até o rosto de Wanda, segurando delicadamente. - Eu consegui, querida. Nós vamos salvar ele.
Wanda sorriu colocando as mãos por cima das mãos dele, que ainda estavam repousadas em cada lado do seu rosto. Então ela se inclinou e juntou seus lábios aos dele, em um beijo cheio de saudade.
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Escolhas
FanficWanda sabia o quanto suas últimas ações machucaram outras pessoas. Aprisionar uma Cidade inteira só para ter sua família, ou tentar matar uma criança para ter seus filhos de volta, foi seu maior erro. Aquele erro iria estar pra sempre com ela, assi...