Jimin não soube definir o que sentiu ao ver o príncipe logo após ser ameaçado por aquela mulher atrás de si, mas se apressou em dar a volta por ele e colar as costas na parede oposta do corredor. Seus olhos avistaram com espanto Jeon agarrar o braço da serva e a colocar para fora, precisamente nas mãos de Jung Hoseok, o chefe de tropas e seu fiel amigo. A voz chorosa da mulher o irritou, pois deduziu que o perdão viesse a qualquer momento, já que ela lhe disse que o príncipe a mandou de volta ao palácio.
— Meu amado, estive à sua espera!
De repente, Jimin tampou os ouvidos com as mãos e fechou os olhos com força, preferindo não ouvir e ver quando a serva tentou segurar Jeon, que a rejeitou prontamente e ordenou que levassem-na à força para as masmorras.
Assustado e indisposto, Jimin respirou fundo três vezes seguidas, tentava se acalmar depois de ouvir tantos gritos e receber olhares quase que mortais:
— Eu… eu não entendo…
— Sr. Park – confuso com as reações do ômega, Jeon se preocupou e o observou levar as mãos ao peito. Seus trejeitos e palidez o preocuparam — Hei, tente se acalmar agora. Não é nada sério, está entendendo? Quero que respire fundo e… por favor, olhe para mim.
— Oh, meu peito dói – Jimin gemeu com o mau estar e levou as mãos a cabeça doendo àquela altura. — Não me sinto bem!
— Ômega, olhe para mim – sem esperar que Jimin compreendesse, Jeon espalmou sua mão esquerda na parede, próximo da face perplexa do outro, e se inclinou para que ele sentisse o seu perfume na gola do casaco. — Se acalme.
— A-ah.
Incerto sobre o que fazer para se sentir melhor, Jimin fechou as mãos em punho, agarrando a gola do casaco de Jeon. Ele não o rejeitaria quando os feromônios que foi em busca, enfim, estavam ao seu alcance e se faziam tão necessários para que se sentisse melhor. Seu coração batia agitado contra o peito, machucando a ponto de fazê-lo perder o ar brevemente.
— O se-senhor está de volta. Mas é tão cedo, oh… seu cheiro, meu senhor.
Jimin puxou o ar pelas narinas e sequer percebeu quando seus braços fecharam ao redor da nuca corada ao seu toque. Se encontrava desesperado com sua doença, tinha profundo medo de desfalecer àquela altura. O cheiro de rosas voltava a dar fim à sua razão, ainda que fosse o seu calmante.
— Por que me vejo dependente disto? Seu cheiro… meu senhor, meu senhor!
— Eu deveria ter vindo antes – com certa ansiedade e receio, Jeon passou seu braço por trás de Jimin e o puxou pela cintura quando o percebeu enfraquecer. Ele detestava admitir, mas algo em seu corpo reagiu bem com tal proximidade. — Fique mais próximo de mim, Sr. Park.
Certamente, o efeito calmante naqueles feromônios obtiveram sucesso também daquela vez. Os nervos relaxaram, tanto que as mãos de Jimin se abriram e ele se arrepiou levemente ao sentir num instante a face de Jeon resvalar sobre a sua bochecha. E de repente seu perfume de maçãs foi absorvido igualmente, de modo tão discreto que somente estando próximos Jimin poderia ter notado.
— Príncipe – ele fechou os olhos imediatamente, encurralado e quase sufocado pelo cheiro do alfa que voltou a tocar a face contra a sua, causando-lhe tremor. — Está… está me assustando.
— Não é minha intenção, apenas percebo agora o quanto me alegro por saber que está de pé outra vez.
Jeon respondeu junto a orelha do outro e se sentiu tensionado quando o ouviu ofegante. O cheiro de maçã se encontrava tão forte que certamente ficaria fixo em seu corpo outra vez. Poderia facilmente supor que recebia uma demarcação territorial se não fosse Park Jimin em tal situação chocante. E seu instinto primitivo o fez abraçá-lo mais forte, ainda que apenas um braço o envolvesse em possessividade.
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Ômega De Valor - Jikook (ABO)
FanfictionPark Jimin, um simples aldeão, considera ter nascido sem sorte quando descobre em seu primeiro cio que é ômega; o único homem ômega de todo o vilarejo. E devido a esta descoberta que surpreendeu a todos, até mesmo à família real, ele será alvo de co...