04 Um dia no Palácio

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Naquela mesma noite, o príncipe bateu a porta do seu quarto com força, estava irritado por perder mais uma discussão com os pais. Estes se colocaram a favor de Jaehye logo que ela explicou que não comprou Jimin, mas que Hoseok foi levado a usar de suas próprias moedas para que deixassem o ômega vir com ele.

Obviamente, a princesa faria o retorno financeiro ao chefe das tropas, mas não considerou que estivesse mesmo pagando pela companhia de alguém, mas sim, doando uma quantia considerável a pobres pessoas.

— Um argumento medíocre e mentiroso!

Jeon repetiu sua sentença, mas de nada serviria. Foi decidido que o ômega continuaria no palácio, caso não quisesse partir após o desastroso jantar de boas-vindas. E tal decisão deixava o príncipe inquieto, afinal, estava claro que Jaehye faria de tudo para colocar uma coroa em sua cabeça tão logo quanto queria. Park Jimin já estava em suas mãos, tendo escolha ou não.

— Farei com que ele saia – Jeon tomou sua decisão ao mesmo tempo em que engoliu seco e bagunçou os cabelos. — Apenas espero encontrá-lo sozinho uma vez mais.

Era curioso que todo o seu rancor fosse desviado para o jovem ômega, de fato. Não havia um verdadeiro motivo para odiar Jimin, nem mesmo ser um homem ômega importava realmente para o príncipe. Seu melhor amigo tinha o costume de se estender em longas conversas sobre um caso ou outro pela frança. O Sr. Kim deixou Jeon totalmente à par de suas preferências amorosas.

— Que face instigante – confuso, Jeon comentou consigo mesmo sobre os traços de Jimin, e franziu o cenho ao retirar a camisa alva e murmurar enraivecido para o excesso de feromônios de maçãs que pareciam se grudar facilmente nela. — Ele precisa, definitivamente, ir embora!

∆∆∆

Pela manhã, as portas do quarto onde Jimin dormia se abriram subitamente. Uma senhora de idade avançada, mas muito ágil e jeitosa, adentrou o lugar com uma bandeja repleta de frutas, pães e suco para o jovem ômega desorientado por conta do sono pesado que teve. Ele não se lembrava de já ter dormido tão tranquilamente antes, apesar das apresentações desastrosas do fatídico jantar ocorrido.

— Oh, isto tudo – ele se surpreendeu com a bandeja posta em seu colo. — Minha senhora, agradeço sua gentileza de me trazer tanta comida quando mal pude comer no jantar de ontem. Estou faminto, é claro. Mas espere, por favor! Sim, volte aqui um instante, minha senhora. Desculpe o incômodo de lhe dar este trabalho. Mas confesso que eu não poderia sair deste quarto tão facilmente. Tenho medo de me perder.

— Não se preocupe – breve, a mulher torceu o nariz para Jimin, que notou seu tom desgostoso e esmoreceu. — Se a senhorita me dá licença...

— Eu sou... – em choque, ele acompanhou o caminho da mulher com os olhos, quando ela lhe deu às costas e saiu dali. —... um homem.

Foi num instante que Jimin sentiu falta das duas jovens servas que estiveram lhe dando apoio, pois estava claro que não seria bem-vindo também pelos outros trabalhadores do palácio. Era diferente o bastante para não agradar a maioria, ele sabia bem disso.

Logo, comeu mais do que nunca, desde os pãezinhos de açúcar, até os cubinhos de frutas e suco de laranja com mel e limão; considerou este último muito refrescante, embora o limão não fosse realmente sua fruta preferida. Na verdade, Jimin jamais gostou daquele azedume.

De todo modo, havia chego o momento de agradecer devidamente a princesa que deixou seu cheiro no ar, oferecendo-lhe seus feromônios calmantes por detrás da porta na noite anterior. Uma atitude típica de alfas protetores, é claro.

— Não me pareceu enjoativo dessa vez, tenho certeza – Jimin considerou um tanto surpreso, mas deixou aquele pensamento de lado quando saiu da cama para receber as duas servas na porta. — Bom dia, vocês chegaram em boa hora. Eu não tenho roupas adequadas para perambular por este lugar, mas preciso me encontrar com a princesa.

Ômega De Valor - Jikook (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora