Delação de Sangue

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"...aquele garoto deveria estar tão morto quanto o meu. Se houvesse justiça em meu nome, aquela relação deveria ser enterrada a sete palmos do chão!"

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No palácio, a Rainha torcia as mãos copiosamente, a cena se desmanchando diante dos seus olhos fazia magoar o peito. Observava com aparente sofrimento duas servas de navalhas em mãos, cortando fora os fios negros da sua filha, aquela criança que cresceu como uma mulher bela e vaidosa.

— Tenham cuidado – pediu enquanto segurava as lágrimas, o reflexo do espelho mostrava a face inexpressiva de Jaehye. — Minha querida, escute sua mãe ao menos uma vez. Não tenha mágoa do seu irmão pelo que ele fez. Por mais que não aceitemos aquela relação asquerosa, os tempos não estão favoráveis para um conflito entre nós. Você deve relevar o que ocorreu e se lembrar de que os seus cabelos irão crescer novamente, mais belos que nunca!

— Cale a boca.

Com o espanto, ouviu a filha lhe destratar imediatamente. Logo, não teve mais forças para segurar o pranto e levou as mãos aos olhos encharcados. Seus dois filhos apenas nutriam ódio entre si conforme os anos passavam, e ela temia por algo pior. Morreria de tristeza caso um dia eles viessem a se matar. Agora mesmo o tom gélido de Jaehye expressava um presságio de vingança, e a Rainha conhecia seus métodos; eram silenciosos, perversos e definitivos.

— Lembre-se do passado, de quando usou desta mesma vingança para nos forçar junto aos anciões. Nada acaba bem quando você age pelas nossas costas, ao menos pense um pouco antes de tomar medidas drásticas, Jaehye. Manipulações, mentiras descabidas, mortes na guilhotina! Me recuso a reviver tamanha barbárie. Mesmo que meu filho escolha viver com aquele ômega eu não irei ceder aos seus métodos de novo. Por Deus, são outros tempos!

Entretanto, por mais que tentasse fazer a filha falar consigo, a rainha reconheceu seu silêncio como um veredito para o caso. Ela sabia do gênio forte de Jaehye, não o estranhava realmente. Porém, quando a via se calar era que o pavor tomava conta de cada célula do corpo.

— Posso não perceber ainda os seus planos, mas se engana se acha que será fácil se sobrepor a mim. Eu amo meu filho com todas as minhas forças e não permitirei que você inicie uma guerra com ele debaixo do meu palácio. Se atreva a agir pelas minhas costas, Jaehye, e verá que não terei piedade!

Mesmo assim, alheia ao anúncio do seu confronto, ela não teve qualquer outra reação da filha. Por isso, saiu dali apressada e ofegante, determinada a estar um passo à frente de Jaehye. Como poderia negar que Jungkook era o seu preferido? Impossível!

— Quero falar com Kyun agora mesmo!

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Na cabine de luxo, Jimin acordou emaranhado nos lençóis brancos da cama de casal. Mal dormiu desde a noite passada, somando cerca de duas horas desacordado. Havia duas bolsas escuras abaixo dos olhos, o mal estar por conta do balanço do navio batendo contra as ondas e, junto disso, seu estômago estava revirado. Correu de súbito até o lavabo e caiu de joelhos próximo à pia. A ardência da queda não era maior do que aquela em seu estômago.

Ômega De Valor - Jikook (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora