Desculpe, meu anjo! Não tive tempo de revisar este capítulo ainda. De todo modo, espero que ele possa melhorar o seu domingo.
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Ainda naquela manhã, a carruagem simples fez parada numa das tantas ruas de pedras, onde foram instaladas ali lojas de fachadas em tons pastel e luzes amareladas de inverno. Havia um charme peculiar até mesmo nos grandes depósitos de tecidos, com clarabóias cristalinas que permitiam iluminar o espaço e cavaletes de tecidos diversos com a luz do dia. E Jimin se encontrava admirado com tamanha arquitetura, cores e cheiro de produtos químicos, junto ao toque floral sintético. Ele teve os flocos de neve removidos com delicadeza do seu capuz negro, e se constrangeu com o príncipe na sua frente, também debaixo de um manto com capuz. Esperavam não serem reconhecidos naquele passeio.
Jeon o tocou na face e analisou com bom humor as bochechas coradas:
— Aqui dentro temos um clima mais caloroso para você. Logo não sentirá mais frio – sorriu ao vê-lo concordar num gesto simples, curioso com tudo ao redor. — Me pergunto se não deveria mandar que alguém comprasse tudo o que precisamos para a temporada de inverno.
Jimin se agitou, ansioso sob o seu olhar:
— Um mês se passou sem que eu pudesse sair do palácio e ver a vila. Estou feliz por ter vindo, e muito grato também.
— Não me agradeça por isso – respondeu Jeon, guiando-o por um corredor dividido por altos cavaletes e rolos de tecidos que iam até próximo do teto. — Vamos encontrar o mais belo e macio veludo para você. Quero lhe oferecer o melhor, meu bem.
Então, Jimin suspirou inseguro, temia profundamente o tratamento que recebia próximo a desconhecidos. Seria muito infeliz caso alguém descobrisse sua face e os colocasse em maus lençóis ao verem a forma carinhosa a que se tratavam. Ele não queria prejudicar o príncipe, ainda mais ao notá-lo ingênuo quanto o asco das pessoas em relação ao seu acompanhante.
— Por favor, seja cauteloso – pediu Jimin, andando ao seu lado e hesitante ao toque do braço que passou por suas costas e descansou a mão sobre seu ombro. — Deve se lembrar do julgamento das pessoas, e de sua condição. Tenho medo que saibam quem somos, Jungkook.
Jeon pretendia contrariá-lo naquele diálogo sussurado e assustado, mas foi interrompido pela presença de uma senhora gentil e com o devido conhecimento sobre tecidos. Ela recomendou ao príncipe o corredor com cavaletes de couro e peles enquanto uma jovem afoita levou Jimin para o fim do depósito, afim de lhe mostrar os mais variados tons de veludos. Com um aceno breve o príncipe se despediu e se alegrou ao observar o ômega caminhar com confiança. Sorriu ao ouvir sua voz animada na conversa com a moça.
Era bom vê-lo ganhar independência, falar por si mesmo e tomar suas próprias decisões. Aquele era um começo modesto, Jeon admitia, mas ficou orgulhoso.
Curiosamente, naquela manhã gélida Kim Taehyung recebeu ordens de seu pai para abrir a barraca de ferramentas sozinho, pois o mais velho faria viagem até às minas de ferro. Com desânimo, seu filho o obedeceu e mostrava alicates pesados e fortes aos homens que passavam ali, no comércio da vila.
— Este alicate é ideal para jardinagem, meu bom homem. Veja com atenção o fio de corte duplo, e sua estrutura que exerce pressão num galho de espessura média. Estamos com um preço atrativo, venha conferir!
Entretanto, os homens se iam de uma vez ao tomarem conhecimento do preço do dito alicate porque não tinham dinheiro suficiente para investir naquela engenhoca pesada e incomum. Talvez fosse melhor que Taehyung oferecesse o alicate para os jardineiros da alta monarquia, e as pessoas certas para comprarem suas ferramentas não caminhavam por ali.
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Ômega De Valor - Jikook (ABO)
FanfictionPark Jimin, um simples aldeão, considera ter nascido sem sorte quando descobre em seu primeiro cio que é ômega; o único homem ômega de todo o vilarejo. E devido a esta descoberta que surpreendeu a todos, até mesmo à família real, ele será alvo de co...