Ômega De Valor - Jikook (ABO)

Segredos Expostos

"O que mais o amante do príncipe poderia desejar?"

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Quem poderia dizer à Sra. Kim que ao abrir a porta em plena noite, quando a lua já se encontrava alta no céu, poderia lhe render tamanho susto? Ela mesmo jamais imaginou em seus piores dias receber a visita de um prisioneiro do palácio, e apenas o deixou entrar por aquele homem diante de si ser Jung Hoseok, o braço direito do príncipe.

Ao considerar o caso, se perguntou alarmada se o filho, Kim Taehyung, tinha algo a ver com tamanha surpresa e concluiu que deixaria para que este decidisse o que fazer do homem. Sendo franca, seu fraco coração doeu realmente pelo garoto de seis anos que acompanhara o homem junto da esposa, todos trêmulos pelo frio cortante do inverno.

— Oh, o meu bom Deus tem ciência de que sou mesmo coração mole!

Ao passo dos dias mantendo-os escondidos em seu lar, a Sra. Kim recebeu a visita da Sra. Park quando esta se encontrava perfeitamente bem, mas lhe pedia humildemente por algum alimento. A pequena plantação dos Park havia perdido os cuidados a tempos, o inverno deu conta de acabar com tudo o mais. De todo modo, surpreendentemente, ouviu dos lábios da mulher que o seu filho mais novo se encontrava morto para si, mas que os mais velhos ainda viriam a lhe encher de orgulho.

— Duvido que algum daqueles beberrões ao menos sobreviva ao inverno. Oh, Deus perdoe as minhas palavras — comentou sozinha, queixoza e indiferente às brincadeiras do menino na sala de estar. — Onde estará vossa omma? Vá atrás dela na cozinha e diga-lhe que não precisa cozinhar coisa nenhuma. Tenho servos para isso.

— Minha omma faz a refeição aos Reis e príncipes, Sra. Kim. Por que não está grata por apreciá-la? O Jeonie costumava elogiá-la muito!

— Oh!

— Meu filho, tenha modos — de pé ao canto da janela, Hoseok espreitava o dia cinza por detrás da cortina vermelha de veludo, ouvindo ainda a risada da mulher e os passos em fuga do garoto. — Perdoe-me por isso, Sra. Kim. Porém, devo ressaltar que a comida da minha senhora é esplendorosa.

— Bem, sim, mas é claro. De todo modo, o que tanto procura, Sr. Hoseok? Os guardas jamais se atreveriam a bater à porta, meu filho tem grande influência junto ao príncipe Jeon. Apesar de eu tomar caso de que o Taehyung e o senhor não têm uma boa relação, é claro.

— Longe de mim agir de maneira velada, Sra. Kim. De fato, tenho desavenças de longa data com Kim Taehyung. Talvez por conta das minhas próprias falhas de juízo. No entanto, se existe alguém no mundo que pode me ajudar a conseguir rendição, este alguém é o Kim. A cima dele está Park Jimin, e este eu acredito que jamais intercede por mim.

— Sinceramente — exasperada, a Sra. Kim sentou sobre a poltrona e analisou com a devida atenção o bordado no linho manchado ao qual comprou por pena, a Sra. Park lhe trouxe dois dias passados e dizia ter sido feito pelo ômega. — A Sra. Park insistiu que eu comprasse de si estes tecidos bordados pelo garoto, este que encantou cegamente ao príncipe. Está muito bem feito, veja só todo o zelo com os pontos. No entanto, o primeiro deles se encontra manchado pelo que considero ser sangue; não é fácil remover manchas como essas do tecido.

— O que quer dizer, senhora?

— Nada em específico, senhor. Apenas me surpreende o jovem Park aprender rapidamente sobre tudo o que se propõe a fazer. Achas que ele agiu na intenção de ludibriar o príncipe desde que foi levado até ali? Ouvi boatos de que os homens ômega costumavam ser como demônios sedutores entre nós, nesse reino. Não é à toa que todos eles se foram e a paz reinou em nossos lares por todos esses anos. Oh, então nasce aqui outra vez um ômega e revira o palácio inteiro de cabeça abaixo.