Ômegas em Vista

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Nas masmorras, Jung Hoseok não soube precisar que horas eram da noite, mas fazia frio de congelar os ossos àquela altura. Trêmulo e com fome, xingou em seus pensamentos o fato de perder as contas de quantas dias estava preso. A sombra da luz da lua atravessava as barras da pequena janela na parede ao qual se escorou sentado no chão, estava fora do seu alcance chegar até ali em cima. 

O som de passos ligeiros se fez presente, tão mínimo que Hoseok imaginou-se ouvindo as ratazanas nos corredores escuros. Ao mesmo tempo, se esgueirou em direção às barras de ferro e arregalou os olhos quando se surpreendeu com duas pupilas idênticas às suas. Ryan, seu filho de seis anos viera até ali, escondido para vê-lo.

Num primeiro momento, Hoseok recuou para as sombras da cela, envergonhado. Era absurdo estar de frente para o filho porque lutava todos os dias para lhe dar bons exemplos, e agora estava preso diante dele.

— O que está fazendo aqui, meu garoto? Volte para a sua mãe agora mesmo, Ryan.

— Foi a mamãe quem me mandou até aqui, papai. Venha rápido, esta é uma missão oficial de fuga. Agora não seremos mais os mocinhos dentro do castelo, mas bravos piratas.

Então, o braço da criança passou pelas barras e um molho de chaves refletiu o brilho da luz do luar, em meio a escuridão. Em seguida, Hoseok se abalou ao compreender o que sua esposa e filho armaram. O risco era tamanho que hesitou, mesmo com a insistência do menino, até que agarrou as chaves, abriu a cela e correu com o filho pelos corredores à fora.

◇◇◇

Ainda naquela noite, Jaehye arrumou o capuz branco sobre a cabeça livre de cabelos e ergueu o queixo, aguardando que o guarda diante de si abrisse as portas de uma sala particular, no subsolo do palácio. O frio ali dentro era de fazer tremer o queixo, as paredes lisas e cinzas sujavam a vista de quem quer que entrasse. 

Ela entrou cautelosa, seus passos causando eco contra o piso de cimento queimado, anunciando sua entrada para uma velha mulher que ali estava. Jaehye a encarou em primeiro lugar, observando com seriedade o manto verde caindo sobre os ombros curvados daquela que diziam ser uma sacerdotisa renegada pelos anciãos há cerca de quinze anos. As rugas no rosto da mulher causavam certo assombro a Jaehye, que sempre prezou pela própria beleza e tinha verdadeiro horror à velhice. Ao notar algumas falhas no cabelo ralo daquela mulher, se lembrou da sua atual condição, o que trouxe de volta a imagem do irmão com a espada em punho, e dos longos cabelos negros jogados ao chão, banhados por lágrimas.

Jaehye ergueu um tanto mais o queixo, amargurada, e se aproximou o suficiente para encontrar entre elas a mesa de pedra onde havia um corpo coberto por um fino pano alvo.

— Você se lembra de quem eu sou – disse ela, subindo o olhar negro e duro para a sacerdotisa, que concordou em silêncio, avaliando-a. — Certa vez, meu irmão e eu fomos ao seu encontro e você me afirmou que Park Jimin não era o meu ômega. Quero que me diga como sabia, e quem é esta que aqui está, morta e fora do meu alcance.

Ômega De Valor - Jikook (ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora