ANY GABRIELLY
O beijo na praia foi apenas o começo.
Ou talvez o início tivesse sido aquele selinho inocente, na porta de casa, que foi o suficiente para dar uma chacoalhada no meu cérebro, fazendo o gritar: "QUEM É ESTE HOMEM E O QUE ELE ESTÁ FAZENDO NA SUA CABEÇA O DIA INTEIRO?".
A inocência e a doçura do contato não condiziam com a rispidez do homem que o provocou. E foi exatamente essa ternura que ele demonstrou que me fez perceber que havia camadas muito profundas em Josh. Camadas essas que eu queria explorar para conhecer a pessoa que ele poderia ser por trás da melancolia que o envolvia.
Pelas poucas informações que consegui reunir, não foi difícil entender que precisava de carinho. Alguém que se interessasse por ele, que o fizesse também enxergar que havia mais em si mesmo do que ele queria acreditar.
Então essa foi a minha missão durante os quatro meses seguintes em que começamos um relacionamento, depois do primeiro beijo. Não demos nomes, não classificamos, não criamos expectativas. Deixamos apenas acontecer.
Conversávamos do que ele se sentia à vontade para contar, passávamos muito tempo juntos e havia muitos beijos. Muitos.
Começaram tímidos e ternos, foram se tornando mais intensos até eu me ver deitada sob ele no sofá, em uma pegação quente e cheia de mãos, que mal sabíamos onde tinha começado.
Ou melhor, eu sabia sim.
Ah, como sabia.
Estávamos em seu apartamento, depois de Henry dormir como um anjo no meu colo, e colocamos um filme para assistir. Só que nenhum dos dois prestou a mísera atenção no enredo, nas cenas, em nada. Quando dei por mim, já estava sendo agarrada, sentada no colo de Josh.
Nunca, em toda a minha vida, olhando para aquele homem e me lembrando de como ele era quando o conheci, poderia imaginar que o cara sabia ser tão quente quando queria.
Eu estava de saia, e foi a primeira vez que sua mão tomou ousadias maiores, percorrendo a minha coxa. Josh parecia em um transe, porque quando quase chegou à minha calcinha, ele simplesmente parou, deixando-me em um frenesi de expectativa que quase me fez perder o ar.
- Desculpa, eu não queria...
Nem lhe respondi, apenas peguei sua mão, devolvendo-a ao local onde estivera pouco tempo antes, dando-lhe permissão para que fosse mais longe.
Josh não pensou duas vezes; apenas afastou a peça e levou seu dedo minuciosamente ao meu clitóris, massageando-o devagar, e eu tinha a impressão de que havia uma paciência em seu temperamento quando tinha a ver com sexo, porque era o que eu sentia com seus beijos. Ele gostava de explorar meus lábios com calma, sem afobação, sem precipitações.
Empenhava-se, degustava e curtia o momento tanto quanto eu.Josh gostava de beijar. E isso era algo a se levar em consideração.
Fora que ele fazia isso muito bem.
Ele deixou o polegar brincando com o meu clitóris, enquanto outro de seus dedos longos me penetrou, igualmente lento, passeando por dentro de mim, chegando fundo, o que me fez parar de beijá-lo, porque minha concentração saiu para dar uma volta e parecia prestes a demorar a voltar.
Seu dedo começou a se mexer, em tentativas de encontrar qual era o ponto que me satisfazia mais. Não que não estivesse maravilhoso desde o início, mas quando ele o encontrou, eu simplesmente perdi a cabeça. O gemido que escapou da minha boca foi tão alto que eu temi acordar o prédio inteiro.
E a risadinha de Josh me deixou um pouco constrangida.
- O que foi? - perguntei a ele, arfante.
- Gosto de suas reações. Aos meus beijos e aos meus toques.
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O Último Desejo ¡! BEAUANY
CasualeBEAUANY ¡! Fazia um ano que eu tinha Josh Beauchamp como vizinho, mas não sabia nada sobre ele, apenas que era um homem calado, frio, sisudo e meio rabugento. Mas bonito como o pecado, rico, CEO de uma empresa milionária e pai do bebezinho mais fof...