Capítulo 27

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JOSH BEAUCHAMP

CONTÉM CENAS HOTS

Fora uma decisão em conjunto. Ainda teríamos uma festa, Any vestida de noiva e tudo o mais, mas o desejo de apressar nosso “marido e mulher” nos fez recorrer a um cartório. Depois, com calma, Any poderia planejar um casamento com tudo o que ela tinha direito.

Naquele momento, eu estava com um buquê pequeno, de noiva, nas mãos, diante da porta dela, aguardando-a. Éramos práticos e iríamos ao cartório juntos. Noah, Sabina e seu namorado novo, iriam nos encontrar lá, assim como Jenny, que iria com meu irmão.

Sentia-me nervoso como o garoto que vai buscar a menina mais bonita em casa para o baile do colégio. E quando ela surgiu na minha frente, com um vestido branco cheio de detalhes em renda, com os ombros de fora e um lindo arranjo no cabelo, eu me senti o homem mais sortudo do mundo.

Ela deu uma voltinha ao redor de si mesma, sorridente como sempre, mostrando aquelas covinhas adoráveis.

— Como estou? — perguntou, animada.

Sem responder, tentei agarrá-la, mas Any deu um pulo para trás, desvencilhando-se de mim.

— Nada disso, garanhão. Agora só quando o juiz permitir.

— É um absurdo! — resmunguei brincalhão e entreguei as flores para ela.

Tínhamos decidido nos casar um ano depois do primeiro beijo, uma data que era bem significativa.

O primeiro beijo de verdade. O que aconteceu na praia.

Sim, Any vivia reclamando do primeiro, alegando que eu deveria já tê-la agarrado ali mesmo no corredor.

Não se podia mais ser cavalheiro com uma mulher...

— Podemos ir, então, senhorita? — Entreguei-lhe o braço, para que entrelaçasse o dela, e nós dois partimos para o elevador.

Ela tinha voltado a usá-lo há uns dois meses, ao menos quando estava comigo. Ou com Noah, quando precisavam sair para resolver algo de trabalho.

Nunca mais nada tinha acontecido, mas...

Bem... claro que tinha que acontecer exatamente no dia do nosso casamento. O destino não podia ter pregado uma de suas peças em um momento melhor.

— Ah, merda! — reclamei no exato momento em que ficamos no escuro.
Também tirei meu celular do bolso, acionando a lanterna.

— Josh... — a vozinha assustada de Any chamou a minha atenção, e eu me aproximei dela, tocando-a.

— Calma, amor. Já vai voltar. Estou aqui com você... está tudo bem.

Mas não adiantava muita coisa. Ela estava claramente em pânico.

Levei a mão ao seu rosto, virando-o para mim, mas seus olhos estavam vidrados, fixos em qualquer ponto próximo à porta do elevador, como se tudo o que ela quisesse fosse sair correndo.

— Amor, olha para mim — pedi com delicadeza, e ela voltou os lindos olhos para mim, ainda muito assustados.

— Hoje é o nosso casamento. Não era para acontecer algo assim — ela estava arfante, e eu temia que passasse mal novamente.

Eu não conseguia pensar em nada. Era mais um momento em que minha mulher precisava de mim, mas eu não fazia ideia de como ajudá-la.

Até que algo surgiu na minha mente.

— Ei, Any... olha para mim — pedi novamente, esperando que ela voltasse completamente a si. — Precisamos passar o tempo, não é? Quando você não podia dormir, o que ficamos fazendo?

O Último Desejo ¡! BEAUANY Onde histórias criam vida. Descubra agora