5. Lobisomem e Animago

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— Muito bem, atenção, atenção – Minerva diz andando até a frente da sala

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— Muito bem, atenção, atenção – Minerva diz andando até a frente da sala.

Marie Anne para de rir de uma bobagem dita por Paul, assim como todos cessam as conversas.

— Hoje vamos ver um pouco mais sobre a arte da transfiguração – a Professora McGonagall começa.

Uma mão se levanta e Marie olha para ver ninguém mais, ninguém menos do que Sirius Black do outro lado da sala.

— Desculpe, Minnie, mas esse não é literalmente o nome da matéria que estudamos há mais de cinco anos? – o Black diz divertido fazendo vários alunos rirem.

— Muito bem observado, Senhor Black, obrigada pela sua fala extremamente necessária – Minerva responde irônica, já acostumada com o garoto.

Sirius se encosta na cadeira, quase deitando com seus braços cruzados atrás da cabeça — A qualquer momento – ele sorri, seu amigo Remus Lupin lhe dando um soco no braço, rindo.

— Mas eu estou falando sobre a transfiguração humana – Minerva continua e Marie Anne se inclina sobre a mesa, interessada — Digam, alguém sabe a diferença entre um lobisomem e um animago? – a professora pergunta olhando ao redor da sala.

Marie Anne não demora nem um segundo para levantar a mão.

— Senhorita Deveraux? – Minerva a incentiva a continuar.

Todos olham para Marie que tem a resposta na ponta da língua, sabendo muito sobre o assunto.

— Um animago é um bruxo que escolhe se transformar em animal, especificamente em seu patrono – Marie diz confiante por estudar bastante essa parte da transfiguração — Diferente de um lobisomem que não tem exatamente uma escolha, ele se transforma na lua cheia e não reconhece parentes e nem amigos – a garota dá de ombros — Podendo matá-los a sangue frio.

McGonagall assente e sorri um tanto desconfortável pelo seu pobre aluno da Grifinória que estava ali presente — Excelente, Marie Anne! 10 pontos para a Sonserina!

Marie sorri satisfeita com sua resposta, após ter estudado muito sobre transfiguração e criaturas mágicas no verão.

— Mas não é como se ele quisesse fazer isso – uma voz é dita do outro lado da sala e não só Marie, como todo o resto se vira para ver que o dono era Remus Lupin. Marie Anne se vira para ele com as sobrancelhas arqueadas. O garoto a olha e continua — Um lobisomem não tem controle sobre si quando se transforma.

Marie Anne levanta uma sobrancelha, confusa — E?

O grifinório desdenha — Você disse que ele pode matar a sangue frio, mas não é como se ele fosse realmente ruim ou maldoso – ele diz convicto enquanto a Deveraux o encara.

Minerva limpa a garganta — Tenho certeza que a Senhorita Deveraux sabe disso, Senhor–

Marie Anne a interrompe, falando com Remus _ Em nenhum momento eu disse que um lobisomem era uma criatura ruim, Lupin – ela responde indignada.

Remus dá de ombros cético — Foi o que pareceu – ele responde frio enquanto seus amigos o olham atentamente, Sirius mesmo, virando a cabeça entre ele e a garota a todo segundo.

Marie Anne ri ficando irritada com o garoto — Não interessa se foi o que pareceu, não foi o que eu disse.

Remus parecia estar ficando irritado com a garota também, ele estava prestes a abrir a boca quando a professora interrompe os dois.

— Bem, já chega os dois – ela diz ríspida, mas isso não impede de tanto Marie quanto Remus se encararem com irritação — Voltando ao assunto, sim, um animago assume a forma de seu patrono, mas a transfiguração é algo extremamente complexo e proibido caso você não seja registrado pelo Ministério.

Os dois finalmente desviam o olhar um do outro, Marie Anne cruzando os braços e se encostando na cadeira.

Paul que estava ao seu lado parece prestes a rir — Irritada, Marie? – ele provoca.

A francesa o lança um olhar, e se olhares pudessem matar, ele certamente estaria morto — Calado, Desmond – ela diz entredentes.

O garoto engole em seco e muda sua postura para uma mais séria — Não ligue para o Lupin, ele é só um mestiço idiota – Paul cochicha para ela que se contém para não dar um soco em seu rosto com seus comentários preconceituosos novamente — Os grifinórios não sabem quando ficar quietos.

Marie Anne estala a língua — Nisso eu tenho que concordar com você.

A verdade é que Marie Anne conhecia Remus Lupin há mais de cinco anos, não é a primeira vez que eles se alfinetam em aula, mas é algo raro e curto, pois, Marie Anne está sempre tentando ser a melhor no que faz, se esforçando para seus pais terem orgulho dela e Remus Lupin era o garoto super inteligente da Grifinória, um dos Marotos, ambos muito competitivos em suas casas, sempre querendo ter a razão e última fala.
Mas essa foi a maior troca de palavras que eles já tiveram, além de todas as outras discussões passadas.
A diferença era que Marie Anne se empenhava nas matérias que gostava e às vezes deixava os estudos de lado para poder se divertir, coisa que o garoto conseguia fazer de forma equilibrada.

Após o fim das aulas, Marie Anne se encontra na sala comunal da Sonserina, andando de um lado para o outro enquanto comenta sobre o acontecimento da aula de transfiguração com Havinne e Veda sentadas no sofá, Grydia estando sabe-se lá onde.
Estavam apenas as três na sala comunal, e um garotinho do primeiro ano sentado um pouco ao longe com algum pergaminho estranho em suas mãos, perto da lareira.

— Ele me acusou de algo que eu não falei! Ele não tem o direito de me acusar assim – Marie Anne comenta realmente chateada pelas palavras do garoto mais cedo. Ela não gosta que pensem mal dela, muito menos que ela fique com má fama por algo que não fez.

Veda revira os olhos enquanto Havinne lixa as unhas, nenhuma das duas realmente se importando em prestar atenção.
Marie Anne se incomoda, se incomoda que depois de anos ela não pode desabafar com alguém, porque ninguém está ouvindo.
É pedir demais ter alguém que realmente à ouça?

Havinne suspira e para de lixar as unhas — Ele é da Grifinória, o quê você esperava? – ela fala sem sequer olhá-la.

E você se diz minha amiga há anos, quer saber o que eu esperava de você?

Os pensamentos de Marie Anne estão dizendo para simplesmente sair daquele lugar cheio de cobras e é isso o que ela faz.
Marie não diz nada, não expressa nada, apenas sai da sala e vai para o seu dormitório.

Ela fecha a porta com força e encontra Peppe em sua cama brincando com um rato de pelúcia.

Marie se senta em sua cama e pega Peppe no colo — Ah, Peppe... A liberdade só é boa quando você desfruta dela com pessoas verdadeiras e que gostam de você por quem você é – Peppe mia para ela, a fazendo sorrir — Tipo você – Marie faz cócegas no gato American Shorthair — Você gosta de mim de verdade, não é? Ou só está comigo pela comida e comodidade? – a garota pergunta.

Como uma deixa, Peppe pula de seu colo e vai para o chão, indo comer sua comida.

Marie fecha o cenho e balança a cabeça — Valeu, acho que já respondeu minha pergunta.

































N/A:

A primeira interação vista do meu casal ainda não casal 😩🤏🏼.
Eu não sei nomes para ship... Remarie? Nhéee.

FROM OTHER LIVES // Remus Lupin¹Onde histórias criam vida. Descubra agora