12. Provocações Entre Estantes

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Não adiantava!

Marie Anne estava desgastada e frustrada, sem mencionar entristecida.

Era uma quinta-feira dia 07 de outubro e ela não havia entendido uma palavra dos assuntos abordados tanto em Herbologia quanto em Runas Antigas.
Após sua... Discussão com Remus, ele não havia mais comentado nada que pudesse enfurecê-la e estava um pouco mais maleável, mas apenas um pouco.

A verdade é que era tudo muito estranho, eles não se ignoravam tanto e até trocavam algumas palavras curtas sobre algum conteúdo, e, até mesmo lançavam olhares para o rosto um do outro quando um não estava vendo.
Marie Anne estava tentando ser mais calma em relação ao garoto, eles estavam nisso há apenas alguns dias e iriam ter que se aturar até que Minerva dissesse basta.

Marie Anne estava com um guia de criaturas mágicas em seu peito enquanto saía do Salão Principal após o almoço.
Eles teriam justamente Herbologia daqui a pouco e ela estava andando com Grydia pelos corredores.

— Então... – a Samuels tosse ao lado de Marie Anne — Aonde você anda indo após as aulas? Você está sumindo em todas as tardes.

Não é de sua conta, intrometida.

Marie Anne cantarola em sua mente, mas olha para a garota.

Ela levanta uma sobrancelha — Por quê quer saber, Grydia? – sem se virar, ela continua andando.

Grydia dá de ombros, indiferente — Nada, mas todos estão se perguntando sobre seu sumisso, só isso.

Marie Anne olha para o céu entre as janelas — Mesmo que isso não seja da conta de vocês – ela sorri e olha para a ruiva de cabelos vermelhos — Eu estudo.

— Estuda? – a sonserina franze o cenho, limpando suas vestes e mal olhando para a Deveraux.

— Isso – Marie concorda simples enquanto anda saltitando pelo corredor. Por incrível que pareça, devido as circunstâncias, seu humor estava bom hoje, mesmo que ela não esteja entendendo exatamente o que estuda.

A risada maléfica de Grydia soa — Isso é perda de tempo, querida Marie – ela coloca sua mão esmaltada no ombro de Marie Anne — Você devia vir festejar conosco.

Marie Anne sempre foi a alegria da festa, isso era verídico e Grydia Samuels a invejava por isso. Mas esse ano Marie andava meio intolerante.
Ela tira a mão de Grydia de seu ombro com uma careta e não tenta disfarçar. De todas as garotas, Grydia sempre conseguia ser a mais insuportável.

— É saber administrar, Samuels – Marie Anne lhe responde — Sou diferente de você e sei exatamente quando me divertir e quando devo ser responsável – ela sorri inocentemente com um encolher de ombros para a garota que sente o ódio crescer em suas entranhas.

Grydia força um sorriso falso — Tem razão, querida Marie, devo aprender mais com você – ela entrelaça o braço com o de Marie que também entra em seu jogo.

— Com certeza deve – Marie Anne sorri de volta e mais uma vez deixa seu braço escorregar pelo da garota e anda mais rapidamente em sua frente com seus passos leves e alegres.

Elas estavam prestes a virar a esquina quando Marie Anne é quase derrubada por um corpo que vem do outro corredor, apressado.

Marie Anne é quase jogada para trás em Grydia quando seus braços são segurados pelas mãos de um Remus Lupin suado e de aparência cansada.
Marie ainda tenta se recuperar do susto quando encontra os olhos do garoto, ele a olha de volta com seus profundos olhos castanhos, cheios de segredos e dores guardadas enquanto o restante dos Marotos passam correndo por eles dando risada e com a respiração descompensada.

FROM OTHER LIVES // Remus Lupin¹Onde histórias criam vida. Descubra agora