26. Piano, Pianinho!

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"Cher, Marie Anne

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"Cher, Marie Anne.

É com grande apreço que seu pai e eu a parabenizamos por sua notória melhoria em Herbologia e Runas Antigas, além de excelentes comentários vindo de diversos professores! Sinceramente, não espero menos de você, sendo minha filha e com sangue Deveraux e Belánger correndo em suas veias, a perfeição é apenas questão de tempo. Julian não deixa de nos surpreender com suas notas excepcionais, fico deveras contente em saber que meus filhos terão um futuro brilhante!
Com todo elogio, devo acrescentar que na próxima prova, queremos um O, pois sabemos de sua capacidade.
Gostaria de lhe avisar que seu pai e eu estaremos indo à Paris devido ao maior número de mortes de sangues-ruins e trouxas. O Ministério está pedindo para que todos os melhores médicos atendam as maiores cidades e capitais. Como esposa, estou claramente orgulhosa de nos recorrerem, mas cuidar de sangues-ruins será uma perda de tempo.
Por tal fato, minha querida, se nos escrever, diga à sua coruja para levar a carta até nossa residência na capital francesa.

Bisous,

Maman."

Julian? Com boas notas?

Marie Anne ri de onde estava jogada em sua cama, lendo a carta de sua mãe.
Mas é óbvio que ele tinha, flertava com as garotas para que fizessem sua lição de casa.

Ao chegar ao fim da carta, Marie Anne bufa com os comentários preconceituosos de sua mãe sobre nascidos-trouxas. Era terrível chamar alguém de sangue-ruim, mas para Leonor isso era apenas a verdade sobre a sua visão de mundo.

Com essa teoria, Marie não pode deixar de pensar qual seria a reação de sua mãe se descobrisse que ela estava estudando com um mestiço, que foi por causa dele que as notas dela melhoraram.
E, um fato que Marie Anne ainda desconhecia, era o quão ultrajante seria se sua família descobrisse que o mestiço também era um lobisomem, mas é claro que nem Marie Anne sonha com tal coisa.

Já era depois do almoço de uma sexta-feira quando Marie Anne estava no Salão Principal com mais alguns alunos que estudavam em suas mesas. Estava uma tarde calma, porém quente, então o vento que entrava pelas grandes portas era refrescante. Todos no castelo estavam ansiosos para o jantar de Halloween no domingo, pois finalmente estava chegando dia 31 de Outubro, o tão esperado Dias das Bruxas!

— Ei, Marie – a voz de Paul a chama e ela levanta a cabeça do pergaminho que estava escrevendo, uma lição de casa — Alguns de nós iremos pegar bebidas da cozinha – ele começa se sentando na frente da loira — Vamos ir para a sala comunal e beber, essa tarde quente está me fazendo ficar entediado.

Marie ri e revira os olhos — E quando você não está entediado, Paul?

Ele sorri e dá de ombros, logo se senta mais de frente para ela — Vem com a gente, faz tempo que você não se diverte e relaxa, você costumava a ser a vida da festa – ele se inclina sobre a mesa para cutucar o ombro dela.

FROM OTHER LIVES // Remus Lupin¹Onde histórias criam vida. Descubra agora