21. Arranhões e Borboletas

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— Vamos, Peppe! Eu quero te apresentar à alguém!

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— Vamos, Peppe! Eu quero te apresentar à alguém!

Marie Anne exclama puxando seu gato que estava deitado em um de seus travesseiros macios, tirando um cochilo naquela tarde de sábado.
Desde que perguntou a Remus, ela não podia deixar de se sentir ansiosa e nervosa. Quem ela queria enganar? Ela se sentia envergonhada e com as bochechas coradas na maior parte do dia anterior. Se Remus estava nervoso, fez de tudo para não deixar transparecer e passar leveza para a situação, o que confortou a francesa.

Marie estava contente, pois iria apresentar Peppe, que era muito especial para ela, para Remus John Lupin, alguém que nem em um milhão de anos ela pensou que iria se encontrar numa tarde para apresentar seu gato.

Peppe solta um grito estridente e se agarra ainda mais nos travesseiros, fazendo Marie revirar os olhos.

— Ora, Peppe! Não seja um gato chato! – mais uma vez então ela agarra o felino pelos lados e o tira para fora da cama, o colocando em cima da escrivaninha no canto e pegando uma escova para escovar os pelos rebeldes do American Shorthair que resmungava — Eu combinei com Remus de que ele iria conhecer você e disse ótimas coisas a seu respeito, então faça jus ao que eu falei de você – Marie conversa com seu gato e pega uma linda gravatinha borboleta de cor verde, cor de sua casa, para colocar no pescoço do gatinho.

Com quem está falando?

Marie Anne vira a cabeça para a porta do dormitório, vendo Grydia entrar. Marie Anne não se sente envergonhada com frequência, mas não é muito legal ser legal ser pega conversando com seu gato, um animal não falante.

— Com ninguém – a francesa responde curta e volta a alisar Peppe, ficando de costas para a cobra venenosa com quem divide quarto e se diz sua amiga.

— Tive a impressão de ouvi-la dizendo o nome daquele grifinório mestiço – Grydia se senta na cama de Marie, olhando para a parte de trás da cabeça da garota.

Marie então olha sobre o ombro para a Samuels e lhe diz inocentemente — Então talvez deva verificar Madame Pomfrey, pode estar com sujeira ou algum bicho nos ouvidos.

Grydia sorri falsamente e revira os olhos para a Deveraux — Eu sei o que eu ouvi e não preciso ir verificar ninguém, querida Marie.

Marie Anne coloca o seu casaco e olha para o relógio na mesa de cabeceira de Veda, vendo que já estava no horário de encontrar Remus. Ela pega Peppe e alisa sua cabeça enquanto passa por Grydia que ainda estava sentada em sua cama.

— Você que sabe, mas a enfermaria ainda está aberta – Marie sorri saindo de seu dormitório e correndo por sua sala comunal até a grande porta.

וו×

Caminhando pelos terrenos da escola com Peppe já no chão ao seu lado, Marie Anne tem uma longa sessão de pensamentos.

E se ele não vier?

FROM OTHER LIVES // Remus Lupin¹Onde histórias criam vida. Descubra agora