29. Não Pode Ser Paixão!

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O final de semana foi perfeito

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O final de semana foi perfeito.
Mas como tudo o que é perfeito, passou rápido e acabou.

Marie Anne se encontrava saindo da biblioteca, após ter devolvido um livro sobre a poção do amor que ela e sua dupla começarão a preparar amanhã. Ela também se pegava distraída e suspirando a cada dez segundos.
Mal sabia ela que do outro lado do castelo, em sua cama quente, Remus Lupin olhava para o teto, com um braço atrás da cabeça e o outro apoiado no peito, ele não conseguia tirar o último momento entre eles da cabeça, não tendo forças para levantar naquela manhã, pela primeira vez em anos, não comparecendo em sua primeira aula do dia por uma razãoque nao fosse a luacheia, junto de seus amigos, é claro. Ele também suspirava.

Marie Anne anda pelos corredores, desejando encontrar Remus por aí, mas também sabia que não podia ficar pensando demais nele, ela tinha uma poção para preparar em breve e daqui a pouco uma aula para entrar.
Ela vira o corredor e se depara com seu irmão, Julian estava com uma garota baixa encostada na parede, enquanto seu braço pairava acima da cabeça dela. Devia ser uma garota mais nova, talvez do 5° ano, mas pela cara de boba, Marie Anne sabia que ele estava a usando para conseguir algo. O garoto robusto, alto, loiro e com vestes de quadribol para de sussurrar quando nota sua irmã parada à alguns metros ao lado.

Marie Anne lhe lança um sorriso cheio de dentes e então cruza os braços.

No mesmo instante, Julian diz algo a garota que corre para longe deles.

Oh, irmãozinho! – Marie exclama se aproximando do garoto que estava com o cenho carrancudo — Faz tempo que não o vejo! Nem parece que somos da mesma casa, que dividimos a mesma sala comunal e que somos da mesma família – ela ri, ambos já de frente um para o outro. Ele não reage, o que é estranho, já que normalmente fica irritado ou diz algo espirituoso de volta, como bons irmãos sempre fazem. Mas ao invés disso, Julian apenas a olha, as sobrancelhas fortes para baixo em descontentamento e o maxilar travado. Aquilo faz Marie Anne por um só segundo, ficar apreensiva. Ela morde o lábio, tirando o sorriso do rosto — O porquê dessa cara ranzinza? – ela pergunta então e levanta os polegares para cada lado do rosto de seu irmão, forçando seus lábios a subirem em um falso sorriso — Você deveria sorrir mais, não vai conseguir nenhuma namorada desse jeito – ela insiste, e, no segundo seguinte suas mãos são seguradas pelos punhos fortes de Julian.

Você acha que eu sou idiota? – Julian Herbert Deveraux fala pela primeira vez, ríspido. Marie Anne não entende, ela sinceramente nunca o entende, mas a maneira que ele pegou seus pulsos com rapidez e força, a fizeram estremecer. Abrindo a boca e a fechando sem saber o que dizer, Marie Anne o encara confusa — Eu perguntei, você acha que eu sou idiota? – ele se aproxima de seu rosto, micro-salivas voando para o rosto de Marie.

Ela então puxa seus pulsos para baixo e longe dele com voracidade, escondendo enquanto os esfrega levemente pela dor — Sinceramente? Sim, eu acho! Do quê raios está falando?! – Marie exclama frustrada — Enlouqueceu de vez? Papai e mamãe vão adorar saber desse seu jeito, talvez o internem em algum hospital psiquiátrico.

FROM OTHER LIVES // Remus Lupin¹Onde histórias criam vida. Descubra agora