Marie Anne ainda estava tentando se acostumar a ficar rondando pelos corredores noturnos e não sendo a pessoa que evita ser pega pelos monitores.
Ela estava do outro lado agora.
Após o estresse com suas amigas no dia anterior, Marie caminha atrasada para o café da manhã no salão principal. Havia dormido demais, pois estava exausta.
Marie Anne mal conseguiu comer as gostosuras do café da manhã, apenas uma panqueca e seu suco de abóbora, já tendo que correr para a aula de feitiços com Flitwick.— Você está atrasada – Havinne Busborn diz enquanto Marie Anne se senta ao seu lado na aula.
— Não me diga, Havinne – a loira responde cansada e tira seu pergaminho da bolsa o colocando sobre a mesa.
A maioria das aulas estariam sendo divididas com a Grifinória hoje, na verdade, não só hoje, mas esse ano Marie Anne teve a infelicidade em pegar várias aulas com a casa.
Marie Anne não tinha nada contra os grifinórios em questão, mas levando em consideração que em excessão a Sonserina, todas as outras casas não eram exatamente seus fãs.As grifinórias tinham grande antipatia, pois Marie chamava a atenção dos meninos e dessa vez, é em geral.
Do lado contrário da sala, ao invés de cinco marotos, eram vistos apenas dois no dia de hoje, o primeiro era Peter Pettigrew que estava comendo uma varinha de alcaçuz esperando o professor começar a falar. Já o segundo era o mesmo garoto nerd e irritante de ontem, Remus Lupin.
Não se via James Potter em lugar algum, muito menos sua irmã e seu melhor amigo Black, provavelmente matando aula como haviam feito nessas semanas.
Com um pigarro de garganta, Filius Flitwick chama a atenção dos alunos, enquanto anda no corredor ao meio da sala — Muito bem, como vimos na aula passada, há muitos feitiços que podem enganar nossa mente, fazendo-nos ver coisas irreais, até mesmo sendo capazes de mexer profundamente no nosso subconsciente – o professor fala enquanto Marie Anne apoia o queixo na mão, prestando atenção — Nesse semestre iremos focar nesses tipos de feitiços. Agora, alguém pode me dizer qual é o encantamento para o Feitiço da Memória? – ele se vira para a turma, esperando uma resposta.
Marie sabia dessa, ela já escutou milhares de vezes seu pai comentar sobre como o Ministério teve que apagar a memória de trouxas que viram o que não deviam.
Marie Anne levanta a mão rapidamente e responde:
— Obliviate.
Não foi só a voz dela que respondeu.
A Deveraux vira sua cabeça lentamente com seus olhos começando a ferver.
Lá, do outro lado da sala estava o irritante sabe-tudo Remus Lupin, enviando o mesmo olhar para a francesa.O quê ele iria discutir com ela hoje?
A sala fica em silêncio, já tendo presenciado diversas vezes interações dos dois. Havinne Busborn se remexe em seu assento enquanto Peter Pettigrew engole seu doce com dificuldade.
O professor tosse, percebendo a tensão — Senhor Lupin... Senhorita Deveraux...
Ele não termina de falar, pois Marie Anne diz sem desviar o olhar do garoto com cicatrizes:
— Eu levantei a mão, professor.
Flitwick era um bruxo com anos e anos de experiência, mas até mesmo Merlin ficaria com medo da francesa que normalmente era doce, mas estava com o temperamento forte naquele momento.
O professor não teve tempo de falar de novo, pois dessa vez é Remus que o corta.
— Mas eu respondi.
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FROM OTHER LIVES // Remus Lupin¹
FantasyDE OUTRAS VIDAS // Remus Lupin (Marauder's Era) "- Sinto como se estivesse ligado à você de alguma forma. - Talvez esteja... Talvez nos conheçamos de outras vidas." Marie Anne Deveraux e Remus John Lupin eram extremos opostos. Pelo menos é o que tod...