— Não coma os bolinhos de caldeirão recheados de chocolate.
Marie arqueia uma sobrancelha, sem entender.
— Por quê não? – ela pergunta a Remus.
Remus olha para trás e para os lados no corredor, se certificando de que ninguém e nem seus amigos estejam por perto, obviamente havia alguns alunos, mas não seriam capazes de ouvir. Ele ajusta a alça de sua bolsa suspeita sobre os ombros e se desencosta da parede, aonde estava em frente à Marie Anne.
Os dois estavam conversando encostados na parede do corredor naquela manhã de domingo, Remus tentando evitar que Marie comesse os bolinhos de caldeirão no jantar daquela noite.Ele abre a boca e coça atrás da orelha — Ah... Eu não posso dizer – ele diz com uma careta sem graça.
Marie Anne cruza os braços e também se desencosta da parede, sua carranca de confusão se aprofundando. Ela não sabia o porquê ele não queria que ela comesse os bolinhos hoje, mas obviamente não iria fazê-lo, independente do motivo, pois ela confiava em Remus, então se ele disse isso, ela provavelmente deveria ouvir. Ainda assim, ela não podia deixar de ser curiosa e queria saber o que o grifinório estava escondendo, principalmente naquela bolsa.
— Só... – Remus morde o lábio — Não coma, por favor.
Marie suspira, seus braços caindo aos seus lados — Está bem – ela se aproxima de Remus — Mas eu realmente amo bolinhos de caldeirão, principalmente de chocolate, então vai ser uma tarefa difícil para mim.
O garoto ri levemente a olhando — Eu prometo que te dou quantos bolinhos de caldeirão você quiser após essa noite.
Marie ri junto e se aproxima um pouco mais. Havia um tanto de alunos no corredor sim, lufanos, corvinos, a maioria deveria estar no 4° e 3° ano, mas independente de quem fosse, Marie Anne não conseguia evitar de se sentir radiante em estar perto de Remus, e, ele nunca fazia nada para afastá-la, provavelmente não notando a proximidade, parecia tão natural.
— Eu vou cobrar então – a francesa responde com seu sorriso de dentes grandes, antes de desviar o olhar para a bolsa que Remus carregava, estranhamente, já que não tinham aula de domingo — E para que é essa bolsa? – Marie Anne pergunta cutucando o zíper da bolsa, antes que os olhos de Remus se arregalassem e ele se afastasse um passo, lembrando do que estava segurando.
Ele abre a boca para responder algo, gaguejando no processo entre olhar a bolsa e olhar para Marie Anne — Isso é... – ele engole em seco quando ela arqueia uma sobrancelha para ele — Ah, é só algumas coisas, quero dizer – ele limpa a garganta — É da Ramie, não é minha, sabe, só estou indo entregar para ela.
A vontade de Marie era de rir, Remus ficava adorável quando estava nervoso, mas ela não iria insistir de qualquer maneira, não era da conta dela, ela apenas gostava de vê-lo em aflição com uma simples pergunta.
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FROM OTHER LIVES // Remus Lupin¹
FantasíaDE OUTRAS VIDAS // Remus Lupin (Marauder's Era) "- Sinto como se estivesse ligado à você de alguma forma. - Talvez esteja... Talvez nos conheçamos de outras vidas." Marie Anne Deveraux e Remus John Lupin eram extremos opostos. Pelo menos é o que tod...