13. Sexta-Feira Cheia

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Por alguma razão, Marie Anne não estava tão incomodada em ter que estudar com Remus esta tarde.

Ela mastiga uma varinha de alcaçuz enquanto atravessa a Sala Comunal da Sonserina que estava razoavelmente cheia de pessoas, afinal já era a tarde.

— Oi Marie! – uma garota que ela não conhece acena para ela enquanto ela passa.

— Oi Marie! – as pessoas ao seu redor a cumprimentam e Marie Anne apenas sorri educada e acena com a mão livre, resultando em gritinhos de felicidade das garotas que foram notadas e suspiros dos garotos que tiveram o prazer de Marie Anne Deveraux acenar para eles.

Ela estava prestes a sair pela porta quando a mesma é aberta por Regulus Black que vê que a mesma estava saindo.

— Aqui – ele segura a porta aberta para Marie Anne em favor.

— Boa tarde, Regulus – Marie cumprimenta o garoto pálido, mas bastante bonito, além de quieto.

Regulus Black era uma coisa.
Ele como toda a sua família, exceto Sirius que foi selecionado para a Grifinória, são da Sonserina.
Regulus mesmo reservado atraía olhares de muitas garotas, não tanto quanto seu irmão fazia, mas as sonserinas o admiravam, ele era educado e um ótimo apanhador para a casa.

— Boa tarde, Marie Anne – ele responde se volta com um pequeno sorriso.

Marie saltita pelo corredor como costuma fazer, indo para seu destino estudar com um certo grifinório: a biblioteca.

Mais algumas pessoas a cumprimentam durante o trajeto e até chegar na biblioteca, ela já havia terminado sua varinha de alcaçuz.
Marie acena alegremente para Madame Pince, mas logo abaixa a sua mão ao lembrar de que a mesma sente algo romântico por Filch e estremece.
Marie Anne resolve já deixar seus livros e os de Remus arrumados na mesa, visto que o garoto ainda não havia chegado.
Não era nada demais, apenas para adiantar e poupar tempo em procurar os livros de estudo.

Se passa meia hora e Remus ainda não tinha chegado, Marie Anne estava certa de que ele havia se atrasado e dessa vez foi muito.
Ele também não tinha comparecido em nenhuma aula no dia de hoje, fazendo Marie pensar que ele resolveu matar aula o dia todo, mesmo que ele seja monitor e todo certinho.
Não fazia muito sentido.

O quê quer que fosse, fez Marie batucar suas unhas na mesa de madeira — Ah, Remus Lupin. Você mal perde por esperar quando chegar – ela murmura. Estava bem em contar a Minerva de seus atrasos.

Marie continua a ler, dessa vez estava até pensando na proposta do garoto sobre ser seu professor, quer dizer, ensina-la um pouco.
Era inútil continuar estudando se não estava aprendendo nada apenas lendo. Se Remus chegasse, ela iria jogar um verde e tentar conseguir algumas informações sobre as matérias.

Ela esperou até às oito.
Remus não apareceu naquela tarde.

Marie Anne recolhe suas coisas irritada e chateada por ele não ter comparecido sem ao menos dar uma explicação.
Mas tudo bem, ela está bem em estudar sozinha.

Caminhando para o jantar, a luz da lua ilumina os corredores do Hogwarts. Marie ajeita sua faixa na cabeça e olha pela janela vendo quão linda estava a lua cheia naquela noite, mas sentiu um aperto no peito como nunca antes.
A pobre garota francesa não fazia ideia de que uma coisa tão bela, poderia ser o pior pesadelo para Remus Lupin. O garoto nessas horas estava na Casa Dos Gritos com seus amigos, sofrendo e gritando de dor enquanto machucava a si próprio.

Marie entra no Salão Principal quase no final do jantar.

— Aonde estava, Marie? – Paul pergunta em sua frente enquanto ela se senta entre Veda e Grydia.

Marie começa a se servir de frango e legumes grelhados, estando faminta após tanto esperar — Biblioteca – ela diz levando uma cenoura à boca.

— Ela anda muito estudiosa agora, Paul – Grydia que estava ao seu lado direito diz, obviamente tentando provocá-la, mas não ia conseguir o que queria.

Marie olha para a mesa da Grifinória tentando achar o menino que resolveu não comparecer, mas não o encontra.
Não só ele, mas todos Os Marotos não estavam presentes no jantar. Ela bufa, já imaginando que devem estar aprontando uma de suas travessuras e volta a se concentrar em sua comida.

וו×


Após o jantar, as garotas já estavam deitadas em suas camas.

Marie apenas penteia seus sedosos cabelos dourados antes de se deitar. Peppe pula em cima da cama e se ajeita numa bola no estômago da garota.

— Boa noite, Peppe – ele faz carinho na cabeça do gato e tenta encontrar uma posição confortável.

É então que um uivo é ouvido.

Os olhos se Marie se arregalam e ela se senta rapidamente em sua cama, fazendo Peppe cair no chão com um miado estridente.

Aquilo foi um uivo e foi alto, ela tinha certeza.
No entanto nenhuma das meninas acordou.

O corpo de Marie Anne se arrepia e um sentimento estranho cresce em seu peito.

Parecia ser tão perto, quase do lado da cama de sua cama, mas não era nem sequer possível, a Sala Comunal da Sonserina era nas masmorras, longe de tudo.

Marie pega Peppe do chão — Desculpe, Peppe – ela o puxa para o peito e se deita novamente com isso na cabeça.

O único não lhe deu medo, algo que deveria causar, afinal poderia ter um lobisomem no castelo.
Mas... Medo foi a última coisa que sentiu naquela hora, ela sentiu como se aquilo fosse um sinal. Alto e claro para ela mesma ouvir.

Seu coração parecia falar com ela e ele dizia que ela estava segura.



































N/A:

Nada a declarar, só queria fazer vocês lerem aqui.

O quê acharam do capítulo? Não tivemos Remmy 😕.

FROM OTHER LIVES // Remus Lupin¹Onde histórias criam vida. Descubra agora