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Dear Rose 10

Encontro indesejado, pipocas e fofocas!



— Rosy! — ouvi uma voz familiar me chamando.

Olhei para trás e vi uma garota de cabelo preto acenando para mim.

Cassandra?!*

Propositalmente soltei a coleira de Rex que desatou a correr. Motivada, comecei a correr também atrás dele.

Não sou de fazer muito exercício físico , faço apenas quando necessário. Mas naquele momento , sequer havia pensando no meu sedentarismo tendo em conta as circunstâncias.

Cassandra Rogers é uma garota que estudou comigo durante o ensino fundamental. É simpática , claro , mas muito irritante.

Ela é exatamente o tipo de garota que dá raiva só de ficar perto, adora forçar intimidades , e ama fazer fofocas. Acho que foi exatamente por isso que me distanciei dela.

Corriam rumores de que ela tinha se mudado. Mas vendo-a correr a trás de mim dava para notar que eram apenas rumores, infelizmente.

— Rosy! — continuou me chamando.

Não aguentava mais correr. Sabia que tinha que fugir dela mais não dava mais.

Se eu não parasse de correr meu coração pararia por mim.

— Rex — chamei-o segurando a fita da sua coleira.

— Rosy! — repetiu perto de mim.

Fechei os olhos apertando-os.

Se for algum pesadelo que eu acorde logo.– foi o que pensei antes de abrir os olhos, me virar para ela e sorrir do jeito mais forçado que eu conseguia.

— Oii, Cassandra! — fingi surpresa .

— Eu te chamei tantas vezes, como você não ouviu? — perguntou franzindo a testa — E eu já disse que para os amigos próximos é Cassy.

Cassandra tem o cabelo preto ondulado, não é volumoso . Seus olhos são castanhos num tom escuro que podem ser facilmente confundidos com olhos simplesmente escuros. Tem o rosto todo detalhado, com as bochechas rechonchudas .

Ela é bonita.

—  Não sei, eu estava tão preocupada atrás do Rex — menti olhando para o Rex que olhava para o nada atónito a nossa conversa.

— Eii Rex — ela cumprimentou se abaixando para acaricia-lo.

— Eu tinha ouvido rumores de que você tinha concorrido para intercâmbio, ia estudar em um dos países de África ou algo assim — comentei , querendo que ela dissesse que é verdade.

Ela se levantou  dando um longo suspiro.

— É, eu ia mesmo fazer intercâmbio. Mas meus pais não deram a autorização necessária por causa da distância.

Merda!

— Oh — murmurei tentando não demonstrar descontentamento.

O que eu queria mesmo era que os pais voltassem a considerar a ideia de lhe mandar para longe.

— Mas e você Rosy? — perguntou balançando os ombros e os chocou com os meus.

Odiava quando ela substituía o "e" do meu nome pelo "y" . Era uma das coisas que mais me irritavam nela.

— Soube que deu sorte grande — franzi o cenho confusa — tá trabalhando com o bonitão espanhol, e pelo que as pessoas dizem você e a Jéssica são as únicas nesta cidade que têm uma boa relação com ele — esclareceu sorrindo de uma forma estranha.

Dear RoseOnde histórias criam vida. Descubra agora