Dear RoseEssas feridas parecem não curar
Essa dor é muito real
Existe tanta coisa que o tempo não pode apagar – My immortal – EvanescenceEra segunda-feira, e eu não sabia como iria reagir caso alguém começasse a fazer piadas sobre o que tinha acontecido.
Mas, apesar de tudo, faltar às aulas estava fora de cogitação. Principalmente porque estávamos prestes a chegar ao fim do ano letivo.
No sábado, após ter esfriado a cabeça e passado uma tarde boa ao lado da minha melhor amiga decidi voltar para casa onde ignorei e evitei minha mãe de todas as formas.
Sabia que estava agindo de forma imatura, mas naquele momento era o melhor para que eu não dissesse mais coisas que fossem lhe magoar.
O domingo passou num piscar de olhos.
E durante esse tempo, David tentou falar comigo algumas vezes – ligando para o meu celular, já que quando ele aparecia lá em casa eu me recusava a sair do quarto.
Precisei sair mais cedo para poder passar da livraria, tinha decidido que seria melhor pedir demissão para evitar certos constrangimentos com o David.
— Bom dia Jesy — cumprimentei assim que cheguei.
Fiquei aliviada por não ter encontrado com o Hudson nem no caminho e nem na livraria. Não estava pronta para encará-lo e perguntar sobre as diversas dúvidas que tinha.
— Eii...Rose, está tudo bem? — pela forma como ela cumprimentou presumi logo que já sabia.
As notícias corriam rápido demais naquela cidade.
— Está tudo... ótimo. E você? Como está? — perguntei, feliz por ela não estar aparentando sentir desprezo por mim.
— Bem — respondeu — Veio trabalhar hoje? Não acha melhor...
— Er...sobre isso — a interrompi — Vim pedir demissão.
Ela arregalou os olhos, parecendo estar surpresa. Jesy sabia que eu amava demais aquele trabalho, porque eu trabalhava ajudando os outros a encontrarem bons livros para ler e de brinde poderia levar livros emprestados.
Sentiria falta daquilo, mas naquele momento parecia ser a melhor opção.
— Tem a certeza? — perguntou me analisando.
Assenti, certa de que era melhor daquele jeito.
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Estava tudo muito louco.
Ao contrário do que eu esperava, as pessoas não proferiram ofensas e insultos para mim, sequer me atiraram pedras.
Alguns olhavam para mim, não dava para ver em seus olhos, mas pela cara dava para notar que estavam com pena. Sim, pareciam estar sentindo pena de mim.
Não que fosse uma boa coisa.
Mas era melhor a pena do que apontarem o dedo proferindo injúrias...não é?
— Sophie! — chamei assim que a vi conversando com algumas pessoas.
Assim que ela me viu se despediu deles antes de começar a caminhar em minha direção.
— O que está acontecendo? — questionei sem dar tempo para ela perguntar como eu estava — Por quê as pessoas não estão me julgando? – questionei enquanto entrávamos no enorme edifício onde tínhamos aulas.
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Dear Rose
Teen FictionRose era do tipo de garota que acreditava fielmente nos romances e no poder que eles tinham. "Tinha sido daquele jeito com os pais, então por quê não seria com ela?" - era assim que ela pensava. Por ironia do destino, seu coração foi destroçado por...