Dear Rose

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Dear Rose 18

  A conversa

Estava extremamente irritada.

Felizmente era sexta feira e teria as manhãs do final de semana para ser um zumbi.

Tinha deixado a dona Ruth em casa quando saí para o trabalho, quando lá cheguei a Jessy disse que Hudson não iria.

Que surpresa!— pensei ao lembrar que sempre que acontecesse algo ele não ia ao trabalho.

Foi uma manhã calma, tivemos muitas vendas. O que foi estranhamente fantástico , já que normalmente havia mais vendas nas segundas-feiras.

Ajudar os outros a comprar livros me ajudou a melhorar o meu humor.

Já no colégio, Sophie comentava sobre qualquer coisa relacionada a uma série que a Netflix tinha estreado no dia anterior. Mas eu não consegui prestar atenção a grande parte das coisas que ela dizia , estava desconfortável por sentir o olhar do Derek sobre mim.

Por sorte, naquela tarde ele tinha se limitado apenas a me encarar, o que não foi lá muito confortante mas ainda assim foi melhor do que me puxar para algum canto para tentar me confundir.

Eram 5:24 da tarde quando recebi uma mensagem do Hudson , pedindo para que nos encontrássemos no parque.

Depois de todo dia sem notícias dele, depois da noite anterior eu não devia sequer responder a mensagem dele. Mas alguma coisa me disse para fazer o contrário e ir conversar com ele.

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— Vamos conversar ou você me chamou aqui para ficar só me encarando? — perguntei irritada.

Ele tinha sido um completo idiota na noite anterior e eu não deixaria aquilo passar como se nada fosse.

— Você pode me contar que merda há entre você e o Derek? — perguntou no mesmo tom que eu.

Ergui minhas sobrancelhas sorrindo de nervoso , não tinha a certeza de que tinha escutado direito.

— Você me fez agir que nem uma tola ontem e vem me perguntar se existe alguma coisa entre mim e o Derek? — perguntei desacreditada.

Só podia ser algum tipo de brincadeira.

— Sério isso? — questionei olhando para ele que se mantinha calado.

— Uma pergunta de cada vez, Rose. Responda a minha primeiro.

Senti uma vontade enorme de meter a mão naquele rostinho bonito, mas meu bom senso falou mais alto.

— Acho que você e o resto da cidade sabem o que aconteceu entre mim e o Derek, actualmente não há mais nada! —  disse firme ocultando o facto de que ultimamente Derek tem agido de forma estranha.

— Eu quero ouvir de você. Porque se fosse para acreditar no que as pessoas dizem eu veria você como uma "puta fingida".

Passei a mão pelo meu cabelo sentindo meu peito subir e descer lentamente.

Por mais que passassem anos essa merda nunca seria esquecida e aquilo doía em mim. Era o que mais me impedia de seguir como se nada tivesse acontecido, as pessoas estavam sempre a me lembrar.

— Foi há dos anos a trás — me sentei naquele banco de madeira olhando para o chão — Ele tinha chegado à cidade depois de vários anos estudando num colégio interno, eu me apaixonei por ele no momento em que o ví caminhando no corredor do colégio.