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Izabella Guedes.

Estávamos todos a caminho do after que sucedia o jogo.

Mavi insistiu tanto para irmos, que acabei cedendo, afinal não era uma má ideia comemorar o resultado do jogo.
Troquei a blusa de time por uma blusinha preta de alças dentro do carro mesmo.

Fomos seguindo o carro de Roger até o local. Entramos em um condomínio de casas de luxo, o lugar escolhido para a comemoração foi a casa alugada exclusivamente para festas realizadas por jogadores.

Estacionei o carro e então entramos na casa, que vendo do lado de fora parecia ser enorme.

E não estava errada na minha convicção. Quando entramos encontramos o lugar com uma luz baixa, a única parte da casa com mais iluminação era a área da piscina, pufs e sofás rodeavam a sala inteira.

Não gosto nem de pensar no que acontece por aqui.

— e então? Cadê a festa? Cadê as comidas? — Mavi pergunta, se virando para Roger.

— na minha cabeça por ter certeza que não está... — ele murmurou baixo.

— Calvo idiota.  — Maria Vitória xinga, cruzando os braços.

Observei Roger abrir e fechar a boca, tentando formular alguma frase, a indignação estava presente em seu rosto e não consegui segurar a risada.
Falar do cabelo dele atingia perfeitamente o ego do meu irmão.

— quem vai ficar responsável pela caixa de som? — senti alguém se aproximar por trás de mim, parando ao meu lado.

Reconhecia aquela voz mesmo se estivesse a quilômetros de distância. Yuri.

— não deixando o Raul ou o Bidu já está de bom tamanho. — Roger respondeu com o jeito debochado de sempre.

— Vou chamar o Lucas então. — Yuri se retirou de onde estávamos. E então votei a sentir o ar entrar em meus pulmões.

Porque era tão difícil ficar ao seu lado sem ficar tensa ?

(...)

Tudo corria perfeitamente bem. A não ser o cansaço que me predominava, passava- se das duas da manhã. Sentia minhas pernas latejarem. O motivo? Dançar com Bia e Mavi.

O som continuava alto, mais gente tinha chegado a festa, lotando o lugar.
Isso não era para ser uma comemoração íntima?

Bia foi buscar mais bebida e Mavi sumiu, coincidentemente meu irmão também.

Eu poderia estar ficando louca mas tinha quase certeza de que os dois estavam juntos. E toda aquela implicância tinha nome.

Minha bateria social chegou ao fim, e a senhorinha de oitenta anos que habita em mim começou a dar as caras, só queria minha cama, tomar banho, colocar meu pijama e dormir, porque sabia que de manhã teria milhões de coisas para resolver.

— oi. — fui tirada de meus pensamentos quando um homem se aproximou, se sentando ao meu lado no sofá em que estava.

— oi? — respondi esperando alguma apresentação.

𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐂𝐚𝐬𝐨 |Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora