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Yuri Alberto.

Cansaço. É a palavra que resume os meus últimos dias.

Chegou finalmente o dia da primeira final da copa do Brasil. Nessa última semana os treinos foram intensificados,mal tivemos um minuto de descanso.

Acordei com o despertador tocando,mais um dia se iniciava.
Fui em direção ao banheiro, liguei o chuveiro, deixando a água cair pelo meu corpo tenso. Passei as mãos pelo cabelo, quando voltei a ter flashbacks do final da noite no meu carro.

Eu sei perfeitamente que não poderia estar pensando nisso, na verdade, em Izabella. Afinal, eu ainda sou comprometido. Mas as sensações são tão atuais quanto eram no passado.

Talvez até mais intensas. Eu não consigo a olhar sem que um frio percorra a altura do meu estômago, não consigo a tocar, sem sentir um arrepio atravessar todo meu corpo. Não consigo me controlar quando ela está por perto.

Com Nathalia, se eu senti essas sensações duas ou três vezes, foi muito e no começo do nosso relacionamento. Não consigo sentir mais nada por ela, além de atração e uma dívida não paga por ela ter me tirando das noites nos bares quando me conheceu.

Deixei meus pensamentos de lado, saí do banho, enrolei uma toalha na minha cintura, coloquei o uniforme de treino. Para poder finalmente ir em direção até o centro de treinamento.

Desci as escadas parando na sala de estar, procurei pelas minhas chaves e então fui até a garagem.

O caminho até a arena foi o de sempre, demora em média duas horas para sair de São José e chegar até Itaquera.
Seria muito mais fácil me mudar para São Paulo, mas escolhi fuçar em são José por conta da minha família que é toda daqui e somos muito apegados.

Morei com meus e meus irmãos mais novos até o final do ano passado, quando resolvi comprar minha casa. O condomínio é bem perto do dos meus pais, então vivo fazendo visitas a eles quase toda semana.

Desliguei o som do carro assim que cheguei até o CT, caminhei até a portaria onde mostrei meu crachá de identificação, fui liberado e então começou a espera até entrarmos no ônibus.

— GUARDEI SEU LUGAR. — Roger gritou assim que entrei.

— obrigado pela gentileza amor. — entrei na brincadeira, o encontrando no fundo do ônibus.

— que boiolagem vocês dois, procurem um lugar próprio para isso. — Raul reclamou.

— quem deixou você comandar a caixa de som outra vez? — perguntei, quando vi que ele que estava com a caixinha de som.

— apreciem essa obra prima. — Raul respondeu, depois de começar a cantar a música péssima que tocava na caixinha

— está na hora de decidir outra carreira Raul. a de jogador não está funcionando e se depender de viver da música você vai para debaixo da ponte. — percebemos que Roger não tem noção alguma.

cala a boca calopsita. Lalaialaia underererere lalailalalaia amarr é tão sagrado para quem sabe amaaar— Raul respondeu a provocação começando a cantar novamente.

— isso é tortura, acaba pelo amor de Deus, acaba. — Du levantou do lugar dela com o travesseiro tampando os ouvidos.

— ninguém aguenta esse menino. Quando ele vai ser emprestado? — Miguel perguntou na poltrona ao lado do Du.

𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐂𝐚𝐬𝐨 |Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora