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Izabella Guedes.


Dei partida no meu carro saindo do estacionamento da arena. Já estava a mais ou menos vinte minutos dentro do carro quando ele parou pela primeira vez. Liguei ele de novo e novamente parou. Merda.

A única parte boa, se assim podemos chamar é que o movimento de carros era mínimo e o meu parou em um lugar que dava para ficar sem interferir na passagem dos outros carros.

Tinha que acontecer logo essa hora da noite? Era o que me perguntava enquanto tentava ligar o carro outra vez e mais uma vez, sem sucesso.
Quando estava quase ligando para Mavi, vi chegar na barra de notificações uma mensagem de Yuri perguntando se tinha chegado bem em casa. Com toda certeza.

Parei de tentar ligar o carro e aceitei que ele decidiu parar e não ligaria mais, pelo menos não por agora.
Respondi Yuri falando que o meu carro parou e não estava ligando por nada. Rapidamente ele respondeu pedindo a localização de onde estava.

Esperei por um tempo e enquanto isso liguei para o guincho, o atendimento foi rápido e eles informaram que já estavam a caminho. Observei o carro de Yuri se aproximando depois de mais ou menos 30 minutos, ele já estava quase chegando em São José quando teve que voltar para Itaquera.

— seu Uber chegou. — ele abaixa o vidro e buzina.

— demorou um pouco. Mas que bom que chegou. — falo, saindo do meu carro, pegando minha bolsa e minhas chaves.

Yuri abre a porta do banco do passageiro, o comprimento depois de entrar no carro e fecho a porta, colocando o cinto de segurança.

— que sorte a sua. — ele ri, enquanto dá a partida no carro.

— nem me fale. — reviro os olhos.

ligou para o guincho? — ele pergunta e concordo com a cabeça.

depois de um cansativo ter que lidar com isso é de foder. — solto o palavrão sem perceber, mas é a única palavra que define boa parte do que estou sentindo.

— o bom é que não está tendo trânsito por conta do horário. Daqui a pouco chegamos. — Yuri desvia o olhar da estrada por um breve momento, agora me olhando.

— essa é a única parte boa. Gastamos quase duas horas para sair de São José para cá. O caminho está muito mais tranquilo agora. — o respondo, vendo a mensagem da empresa do guincho, avisando que já tinham recolhido o carro.

Continuamos conversando pelo resto do caminho, o tempo pareceu passar voando. Estar com ele era mágico mesmo em situações péssimas como essa.

Meu carro nunca deu problema, passei na revisão a um mês mais ou menos e estava tudo perfeito. Não faço a mínima ideia do que possa ter acontecido, mas espero que seja resolvido logo.

— obrigada mesmo. Desculpa o incomodo. — agradeci quando chegamos na entrada do meu prédio.

— não foi nada. Quando precisar é só mandar mensagem. — ele fala, sorrindo.

— pode deixar. Só espero que não aconteça com muita frequência, não consigo ficar sem meu carro. Obrigada de novo, tenha uma boa noite. — me despeço dele com um beijo na bochecha, destravando o cinto.

Meu coração implorava por pelo menos mais alguns minutos do lado dele.

— boa noite Iza. — abro a porta e desço do carro. — se cuida.

𝐍𝐨𝐬𝐬𝐨 𝐂𝐚𝐬𝐨 |Yuri AlbertoOnde histórias criam vida. Descubra agora